Mel, abelhas e própolis…
As abelhas são muito conhecidas pelos homens, existem relados de uma grande ação comercial já no império romano. Nessa época a produção e comercialização do mel era efetivada nos arredores de Roma, com intenso transporte para a capital e demais províncias ocupadas.
Nos relatos de gastronomia existem inúmeras receitas utilizando mel, carnes de caça e flores, a arte consistia em harmonizar de modo adequado todos os ingredientes.
Somos consumidores de muitas substâncias e produtos que as abelhas produzem. Só para citar alguns: mel, pólem, geleia real, cera, própolis, etc…
O própolis, em virtude de inúmeros trabalhos científicos na medicina, adquiriu especial importância na prevenção e cura de algumas doenças infecciosas, de maneira pratica, pode-se dizer que o própolis é um produto elaborado a partir das plantas e suas flores.
A palavra “própolis tem origem grega: do grego = pró = posição em frente, anterior, antecipado, a favor de; polis, de poli = cidade.
Contudo, própolis se trata de uma série de substâncias resinosas e balsâmicas produzidas pelas abelhas para fechar a colmeia e protegê-la do frio e chuva, da invasão de insetos e roedores.
Em pesquisas com múmias egípcias, foi encontrado resíduo da utilização do própolis. Ele era incorporado no rol das substâncias relacionadas à preservação do corpo depois de embalsamado, agindo como bactericida e conservante do processo.
Composição básica:
55% de sua composição são resinas.
30% do própolis é cera.
10% são várias substâncias.
5% variáveis do pólem.
No própolis encontra-se bioflavonóides como o pinocembrino, galangino, pinobanskino, ácido cumárico benzil, ester e ácido cafeeico, bem como, Aminoácidos como a arginina e a prolina.
Os bioflavonóides presentes no própolis possuem um efeito analgésico, anti-inflamatório e antiespasmódico. Os bioflavonóides possuem uma ação antioxidante no organismo humano. Portanto, de certa forma podem ajudar aos processos de eliminação dos radicais livres do organismo.
A arginina, um aminoácido, presente no própolis estimula a mitose e o aumento da síntese proteica, processo tido como primeira fase de todas as ações reguladoras da imunidade.
Outro aminoácido é a prolina que promove a formação de colágeno e elastina, com relação direta em processos de cicatrização e melhora de feridas.
O própolis possui uma atividade antifúngica. Na verdade, uma de suas vantagens para as abelhas esta relacionada com o bloqueio do aumento de colônias de fungos, muito comum nas colmeias com grande umidade. Ao entrar em contato com os fungos forma-se um complexo com ésteres (ergosterol) que destrói e reduz o tamanho das colônias de fungos.
A atividade bactericida do própolis advém da sua capacidade de impedir a síntese e a secreção de proteínas da membrana celular da bactéria. Com isso, impede e inibe a divisão celular da bactéria impedindo sua proliferação e levando-a a morte.
Pesquisa publicadas relacionando cuidados clínicos e utilização do própolis
Os russos testaram e trataram feridas dos soldados durante a II Guerra Mundial. Esta propriedade vulnerária (de curar feridas) deve-se a presença dos bioflavonóides e do ácido fenólico.
Em Cuba foi pesquisado e testado o poder do própolis em infecção e inflamação do colo do útero de mulheres.
O própolis foi usado na forma de curativo promovendo uma regeneração da mucosa do colo do útero em 90% dos casos e promovendo em 100% cultura negativa dos casos tratados.
Na verdade, os novos produtos farmacêuticos advém da observação criteriosa dos acontecimentos na natureza e, certamente a observação das abelhas e a avaliação dos seus produtos poderá trazer benefícios à medicina em um futuro não muito distante.·.