Mistérios em coar um cafezinho

 

Preparar um café de coador requer o conhecimento dos hábitos familiares e de descobrir os maneirismos de vovós e titias.
Regras básicas:

Utilizar agua filtrada, nunca de torneira e, se possível, mineral.
Pré aquecer com agua fervente o bule, garrafa térmica ou qualquer outro recipiente que receberá o liquido filtrado.
Escaldar previamente o filtro, seja de pano, papel ou nylon.
Evite misturar o pó com água fervente, a temperatura ideal é aquela previa a da fervura, nesse caso, experiência é o que conta…
Escolha um pó de qualidade, nesse caso o preço pode ser o diferencial.

Café de coador, sem mitos e sem mistérios


Nos livros de história, surgem relatos do uso de café preparados com os famosos coadores de pano já no século 18,
hábito que perdurou até meados do século 20, quando começaram a aparecer as máquinas de café expresso.
O café de coador, feito em pano ou em papel dominou o universo do famoso cafezinho, em grandes bules e em todos os restaurantes, ou preparado com ares de amabilidade e aconchego nos lares brasileiros.
Na atualidade pode ser considerado uma raridade, a máquina de expresso domina os ambientes de negócios, desde as tradicionais padarias de esquina, restaurantes por quilo e os sofisticados.
No entanto, os mais tradicionais e aficionados podem optar pelo preparo artesanal doméstico, para tanto utilizando coadores de pano, de papel, de um tipo especial de nylon ou mesmo um chumaço de algodão. A diferença na qualidade vai depender do tipo e da moagem dos grãos.
Coador e moagem
Papel: moagem média, o filtro deve ser escaldado previamente e o café será filtrado lentamente.
Flanela: moagem grossa, o café deve ser misturado à água fervente, mesclado rapidamente, sem deixar atingir novamente a temperatura fervente e colocado no coador.
Algodão: moagem média grossa, a atenção deve ser redobrada para evitar que o pó passe para o líquido do bule.
Nylon: moagem média, os coadores devem ser de boa qualidade, sofrem desgaste com o tempo, correndo o perigo de perderem a capacidade de filtrar, permitindo que o pó passe para o líquido.
Sem filtro: moagem grossa, famosos cafés familiares do tipo árabe, repletos de pó residual, especial para momentos culturais.
Panelinha italiana: moagem média, produz o café por uma mistura do vapor em contato com o café, acomodado em um recipiente intermediário entre o reservatório de água e reservado para receber o líquido final.

Por fim a degustação de um café pede um momento especial como o balcão da padaria habitual, a mesa de uma refeição familiar, o fechamento de um negócio ou mesmo um momento de relaxamento ocasional e, para cada ocasião, um resultado gustativo diferente.

Fontes:
Jornal O Estado de São Paulo, caderno paladar, 18-24/10/2012
www.nutricaosaudavel.com.br, acesso em 20/10/2012

Cappuccino: a bebida dos frades

O cappuccino, uma bebida típica da Itália, tem em seu nome a referência aos frades Capuchinhos. A história de sua criação, considerada por muito, uma lenda, conta que em 1683, durante a invasão Otomana em Viena, Marco d´Aviano, que pertencia à ordem dos frades Capuchinhos, teve importante participação na vitória cristã. Após a desocupação, segundo a lenda, os turcos deixaram sacos de café para trás. Os vienenses acharam aquele líquido muito amargo e forte, e por isso adoçaram com mel e leite. Esta bebida foi chamada cappuccino, em homenagem a Marco d´Aviano – os frades receberam este nome pelo hábito com capuz e a bebida por sua cor, que lembra a do hábito.

Na verdade, as referências para seu surgimento datam do início de 1900 na Itália, e foi popularizado ao mesmo tempo em que as máquinas de café expresso foram disseminadas nos cafés e restaurantes.

O cappuccino tradicional consiste de três partes: a primeira de expresso, seguido de quantidade similar de leite quente e, na parte superior, espuma de leite (leite vaporizado). Como servido na Europa e Coffeehouses artesanais, seu volume tem aproximadamente 150ml. O preparo do cappuccino requer muita técnica, pois fatores como temperatura do leite e dose do expresso, podem influenciar muito no resultado final.

Em algumas ocasiões, no topo da bebida pode ser salpicada raspas de chocolate, canela ou outras especiarias. No Brasil, é comum a adição de chocolate em pó, ou mesmo do chocolate em barra derretido, entretanto, foge da receita original.

Autora: Nutricionista Marilia Zagato

 

Descobrindo alguns segredos do café

Em quase todos os documentos de historiadores, a origem do café remonta aos famosos pastores de cabras da África, em uma região onde hoje esta a Etiópia. Eles perceberam o comportamento estranho dos seus animais depois de comerem os grãos de certa planta, passaram a utiliza-la na sua alimentação diária, desta forma nascendo o café.

O café pertence, no reino vegetal, a família Rubiacea , subdivide-se em 70 espécies diferentes, sendo que três originam as variedades do café consumido comercialmente.
A composição química identifica quase 1500 compostos diferentes, responsáveis por sensações gustativas, aromas  e muitas outras percepções à degustação.

Os baristas, profissionais dedicados aos processos de preparo café, listam mais de cem fatores externos que podem interferir no produto final, a pequena xícara de café, consumida no balcão de uma remota padaria ou ao final de um requintado almoço em Roma.
Os dados técnicos estabelecem a quantidade de 50 grãos como suficientes para a elaboração de uma xícara de café expresso, bem como, referem que o tempo de mescla da água fervente com o pó, deve ser de exatos vinte e cinco segundos.
Uma das mais polemicas formas de degustação do café, reside na utilização do açúcar. Segundo apreciadores, ele deve ser tomado puro, apreciado in natura. Já alguns especialistas ressaltam que o preparado final já possui certa quantidade de açúcar, do tipo frutose, suficiente para adocicar a bebida.
No entanto, o café de qualidade inferior possui sabor residual amargo, que poderia ser mascarado pela adição do açúcar.
Adoçantes, nunca, é uma heresia misturar a bebida magnífica e natural a um produto químico artificial!!!

Café, de vilão a um grande herói…


O café permeia o ideário coletivo vagando de vilão a heróis, de acordo com a cultura dos povos, o momento científico, baseado em estudos atuais, ou mesmo, outros enfoques da sociedade.
Existe, sem duvida nenhuma, uma relação entre café e redução da incidência de Diabetes.Em estudos avaliando milhares de consumidores de vários tipos de café, por meio de questionário sobre estilo de vida, com perguntas como nível de atividade física, hábito de fumar, consumo de gordura saturada e muitos outas indagações, observou-se que o consumidor de café apresenta menor probabilidade de possuir o diagnóstico de Diabetes.
Retirando da análise os consumidores de café fumantes e com hábitos de risco como consumo exagerado de gordura saturada e sedentarismo, os considerados “dentro de estilo de vida estável” foram aqueles que apresentaram maior longevidade, mais especificamente os consumidores com maior número de xícaras por dia (mais de 6 xícaras de qualquer tipo de produção).
Boa nova e pontos para o nosso cafezinho!!!

Fonte: NIH, 2012

 

Café no vício e na cura de doenças

O consumo muito grande de cafeína pode causar o cafeinismo, um complexo de ansiedade, irritabilidade e depressão e um aumento do nível de vários hormônios no sangue associados ao estresse (instabilidade emocional). As adaptações celulares ocorrem com o uso crônico, causando tolerância aos efeitos que a cafeína produz. Uma retirada suave pode provocar letargia, irritabilidade e dores de cabeça, em um indivíduo com ingestão prolongada de 600 miligramas (6 xícaras de café) ou mais por dia.

Uma conseqüência negativa do consumo excessivo de produtos à base de cafeína diz respeito à interação dessa substância com a absorção de importantes nutrientes, principalmente o ferro. Estudos mostram que 1 xícara de café (100 ml) é capaz de reduzir a absorção (ou aproveitamento pelo organismo) do ferro em 30%. Assim sendo, o consumo de produtos que contenham cafeína, como o guaraná em pó ou o café, quando utilizados, devem ser ingeridos em horários diferenciados dos horários das principais refeições.

Outras conseqüências negativas do consumo dessa substância são o aumento da freqüência cardíaca (taquicardia) e o estímulo da secreção do ácido clorídrico no estômago (o que aumenta o risco de úlceras). Esses efeitos estão associados a um consumo elevado (acima de 250 mg de cafeína ao dia), mas também pode variar de acordo com a sensibilidade de cada indivíduo

Novos estudos têm associado a cafeína ao tratamento de algumas doenças, mostrando já haver algum efeito positivo na prevenção do Mal de Parkinson. Também tem sido útil no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção. Outros estudos mostram haver efeito positivo da cafeína na prevenção de câncer de pulmão entre os fumantes.

O consumo freqüente pode provocar dependência moderada e a interrupção brusca no consumo dessa substância pode causar dores de cabeça, sonolência, irritabilidade, náuseas e vômitos.

O Conselho da Associação Médica dos EUA em Assuntos Científicos (American Medical Association on Scientific Affairs) recomenda consumo moderado de cafeína (até 250 mg de cafeína ao dia). É uma substância incluída nos regulamentos de dopping de todas as federações esportivas (doses de 12 mcg/ml já podem ser consideradas dopping, o

O café pode fazer parte de uma alimentação saudável e apetitosa.

Nesse aspecto, o processo criativo das receitas precisa entender cuidadosamente as características nutricionais desse ingrediente.

Abaixo colocamos a composição nutricional de café coado de forma tradicional.
Com esses dados poderemos ressaltar sabores amargos dos nossos cardápios, incrementar aromas e manipular os demais ingredientes na forma de mescla de cores e consistências.

O café pode ser incorporado em receitas de doces e sobremesas, essa é a maior contribuição desse alimento e, sem dúvida a mais usual. No entanto, na literatura gastronômica encontramos diversas receitas salgadas, nas quais, preparados de café, pó de café ou xaropes de café são utilizados no tempero, finalização ou decoração dos pratos.

Informação Nutricional Xícara / 50 ml
 Valor calórico  12,05 cal
Proteínas 0,77g
Gorduras 0,81g
Gorduras Saturadas 0,37g
Colesterol 0,00
Carboidratos 0,42g
Fibra Alimentar 2,72g
Cálcio 5,20 mmol
Ferro 0,18 mmol
Sódio 0,71 mmol

Fonte; www.cafeituano.com.br ; 2003

Cafeína pode curar?

O corpo humano não necessita de cafeína, embora o seu consumo moderado não esteja associado a nenhum risco à saúde, exceto em algumas situações especiais.

Mulheres grávidas, pessoas com problemas cardíacos ou portadores de úlceras e gastrites, devem reduzir o consumo ou mesmo suprimi-lo.

A cafeína não produz uma verdadeira euforia, mas causa dependência psicológica, aumenta a vivacidade, a performance mental e a motora, especialmente nos fadigados. Estes sintomas, junto com alguns dos efeitos de doses altas – por exemplo, agitação e até convulsões – acontecem principalmente pelo bloqueio dos receptores celulares.
A quantidade de cafeína em 2 ou 3 xícaras de café bloqueia, em média, 50% dos receptores celulares de adenosina, configurando uma ação metabólica importante

Entre os efeitos conhecidos da cafeína estão a estimulação do coração (aumento do ritmo e frequência cardíaca) e a diurese (aumento do volume de urina).
A dilatação das vias respiratórias é um efeito menos conhecido que ocorre com um grau ainda mais elevado de teofilina, usado no tratamento da asma.

 

Café, quanto tem de cafeína? E as outras bebidas?

O café pode ser consumido de diversas formas e estar presente em muitas formulações de alimentos comumente utilizadas no dia a dia.
Veja abaixo uma tabela simplificada e útil com a quantidade de cafeína no café e em bebidas comumente consumidas pela população.
Na criação de receitas poderemos adequar a quantidade de cafeína, seja para restringir alimentos que possam causar distúrbios como gastrites, colites ou arritimias ou para aumentar a taxa metabólica.

 Quantidade por volume equivalente a duas xicaras)

  Café expresso                 250 -330mg
Café descafeinado               1 a 5mg
Café tradicional                  40 a 80mg
Café solúvel                       30 a 120mg
Chá preparado                   20 a 110mg
Chá instantâneo                 25 a 50 mg
Chocolate                             2 a 20 mg
Coca-cola                               45 mg
Diet Coke                               45 mg
Pepsi-cola                              40mg
Refrigerantes diversos        2 a 20mg
   

 

Café, algumas notícias e dicas…

Café, algumas notícias e dicas, nesse e nos proximos posts, não perca!!!!

O cafeeiro é originário da Etiópia, tendo chegado à Arábia no século XIII e à Turquia no século XVI. Mas é somente com sua chegada à Itália, no princípio do século XVII, que houve o aparecimento de casas de café por toda Europa, servindo de local de encontro e debates.
No século XVIII começam a aprecer as plantações de café no Brasi, configurando o século XIX e XX como a fase de maior apogeu do agronegócio relacionado relacionado ao café nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A cafeína, principal componente do café, pertence ao grupo de compostos químicos chamados metil-xantinas, presentes em uma grande quantidade de alimentos (cerca de 60 espécies de plantas no mundo contêm esses compostos) como café, guaraná, cola, cacau ou chocolate, chás e também nos remédios do tipo analgésico, medicamentos contra a gripe e inibidores de apetite.
As xantinas são substâncias capazes de estimular o sistema nervoso, produzindo um estado de alerta de curta duração.

O café foi inicialmente usado para ajudar a manter as pessoas acordadas nas noites frias, durante longos eventos religiosos e hoje é o estimulante legal mais usado no mundo.
A cafeína é mais comumente associada ao café e às bebidas à base de cola que contém cafeína e flavorizantes extraídos de fontes naturais (grãos de café e nozes de cola, respectivamente). O chá contém quantidade significativa de cafeína e teofilina, enquanto que o chocolate (cacau) contém quantidades relativamente baixas de cafeína e teobromina. Teofilina e teobromina são parentes químicos da cafeína..

A absorção da cafeína no organismo é muito rápida, assim como a sua distribuição, passando rapidamente para o sistema nervoso central. Existe a chamada “sensibilidade à cafeína”, a qual se refere à quantidade necessária dessa substância para produzir os efeitos secundários negativos, tais como perda de sono e aumento da freqüência cardíaca.

A cafeína não representa nenhum valor nutricional para o organismo humano, se restringindo apenas ao seu efeito “excitante”. Toda a ação da cafeína no corpo depende da forma de preparo do produto, da quantidade utilizada e das condições do organismo que a consome, podendo o efeito variar de indivíduo para indivíduo.