Physalis a fruta que conquista admiradores
Envolta por um casulo de folhas finas e douradas e em formato de cálice, a Physalis (Physalis peruviana L.), é oriunda da América do Sul e tem recebido grande destaque pela sua composição nutricional, em decorrência da presença de compostos biologicamente ativos que promovem benefícios a saúde e diminuem os riscos de algumas doenças como câncer, malária, asma, hepatite, dermatite e reumatismo.1,2,3,4 Atua como hepatoprotetor, antiespasmódico, diurético, anti-séptico, antialergênico, antiviral, vasoprotetor, sedativo e analgésico, possuindo ação antimicrobiana efetiva principalmente no tratamento de infecções de garganta e na eliminação de parasitas intestinais.2,3,5
É uma fruta rica em fitoestérois, vitaminas A, E, C, K e do complexo B, além de fornecer alguns minerais importantes como fósforo, ferro, potássio e zinco.2,5 Ela Possui ainda alto teor de fibras, sendo que a pectina atua como regulador intestinal.2 A atividade no sistema imunológico é efetivada através do fitoquímico Physalina, podendo evitar a rejeição a órgãos transplantados, além de diminuir o LDL-Colesterol e a glicemia.1,3
Pode ser consumida in natura ou processada para receitas. Como apresenta alta perecibilidade, o processamento da fruta em outros produtos (geleias, sucos e compostas) é capaz de prolongar sua vida útil, uma vez que enquanto a vida de prateleira da fruta com o cálice é de um mês, a fruta sem o cálice pode durar somente cinco dias e a manipulada em doces possui prazo de validade de até 12 meses..1,2,3,6 Há também a versão desidratada, sendo essa mais facilmente encontrada, porém pode conter menor quantidade de compostos bioativos em comparação a fruta in natura.2,3
Como a maioria é importada, seu custo pode ser elevado. O valor da embalagem de 80g pode variar entre 8 e 10 reais no comércio paulista. Porém, por se tratar de uma fruta com alto valor de mercado, alguns produtores brasileiros tem demonstrado interesse na sua produção, o que pode futuramente diminuir seu preço na hora da compra.1,7
Autora: Nutr. Carla Moura
Referências:
1-LICODIEDOFF, Silvana. Caracterização físico-química e compostos bioativos em physalis peruviana e derivados. 2012. Tese (doutorado em Engenharia de Alimentos, Setor de Tecnologia) Programa Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos, Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paraná.
2- IZLI, Nasmi et al. Effect of different drying methods on drying characteristics, colour, total phenolic content and antioxidant capacity of Goldenberry (Physalis peruviana L.). International Journal of Food Science and Technology, v.49, p.9–17, 2014.
3- VALDENEGRO, M et al. The Effects of Drying Processes on Organoleptic Characteristics and the Health Quality of Food Ingredients Obtained from Goldenberry Fruits (Physalis peruviana). Scientific Reports, v.2, n.2, 2013.
4- NAMIESNIK, Jacek. In Vitro Studies on the Relationship Between the Antioxidant Activities of Some Berry Extracts and Their Binding Properties to Serum Albumin. Appl Biochem Biotechnol, v.172, p.2849-2865, 2014
5- PERK, Basak Ozlem et al. Acute and Subchronic Toxic Effects of the Fruits of Physalis peruviana L. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2013.
6- RUTZ, Josiane K. et al. Geleia de physalis peruviana l.: caracterização bioativa, antioxidante e sensorial. Alim. Nutr. Araraquara, v. 23, n. 3, p. 369-375, jul./set. 2012.
7-IANCKIEVICZ, Alessandra et al . Produção e desenvolvimento da cultura de Physalis L. submetida a diferentes níveis de condutividade elétrica da solução nutritiva. Cienc. Rural, Santa Maria , v. 43, n. 3, Mar. 2013