Queijo Roquefort deve ser azul, de leite cru de ovelhas e maturado em cavernas.

queijo-RoquefortAntes de tudo, a grande e importante diferença entre o Roquefort e o Gorgonzola é que o primeiro provem de leite de ovelhas, ao contrário do outro que é produzido a partir do leite de vaca.

Mas o Roquefort possui outras características, que o diferenciam, tornando suas características únicas e normatizadas, dentro dos padrões franceses do selo de “Appellation de Origine Controlle”.

O Roquefort é feito do leite de ovelhas Laucane, na região de Midi-Pyrénées, ao sul da França. O fungo Peninicillium Roquefort e injetado na massa precursora do queijo, que permanece em processo de maturação em caves subterrâneas, úmidas e frias por, no mínimo, 15 dias.
Ao final do processo, o queijo adquire um sabor intenso, misto de ardido e picante, aroma forte tendendo ao sulfito e a textura cremosa intercalada com áreas de maior consistência.

O consumo deve ser em temperatura ambiente, sempre pedindo o acompanhamento de pães, podendo compor mesclas com outros queijos, na elaboração de cremes e molhos, ou acentuando sabores fortes de carnes assadas, ou grelhadas.

O grande pecado, sem misericórdia na politica gastronômica é chamá-lo de Gorgonzola, outro herói dos queijos, mas de origem Piemontesa.

Queijo de cabra, dieta mediterrânea e caatinga

cabra

A carne de caprinos, muito utilizada ao redor do mundo e um importante componente da dieta mediterrânea, não possui no Brasil um alto consumo.

Na verdade, grande parte da carne caprina consumida no Brasil é importada de países vizinhos, como Argentina e Uruguai.
O caprino, como gado de corte e leiteiro chegou ao Brasil há mais de 300 anos, foi introduzido nas regiões da caatinga em virtude da sua baixa necessidade de pastos especiais e do seu fácil manejo pecuário, é uma cultura extensiva por natureza.

O leite de cabra  possui grande quantidade de minerais, como Cálcio, Magnésio e Fosforo, e a sua carne, em comparação com cortes bovinos, possui menor quantidade de gordura saturada. A marmorização da carne, viés de qualidade nas carnes mais sofisticadas, é devida, em grande parte ao estabulamento e baixa atividade física dos animais, lógico que a genética e a raça também interferem nessa qualidade. No entanto, o caprino e um animal andarilho, invertendo a “ engorda” e a marmorização das carne.

A preparação gastronômica pede o cozimento em molhos ou ao assado especial, depois de marinado em receitas “secretas” dos admiradores. As tabelas de composição nutricional colocam, por 100 gramas de carne assada, somente 2,3 gramas de gordura, certamente muito reduzida se comparada a do frango (3,8g/100g), bovina (17,1/100g e suína (26,1/100g).

Então, vamos criar cabras e receitas especiais?

Princípios básicos de um queijo

17469O leite pode ser de vaca, ovelha, cabra, rena, égua ou outro animal, sim, o homem através da historia já fez e faz queijos de inúmeros animais, mas o que interessa é a qualidade de ordenha, preparo e maturação para se atingir o queijo ideal.
De forma ideal, depois de ordenhado ele deve ser pasteurizado a 75 graus Celcius por pelo menos 15 minutos, alguns queijos famosos, outros nem tanto, podem ser preparados a partir de leite cru.
Após o processo de pasteurização, é aquecido por algum tempo para que atinja o nível adequado de acidez, variado de acordo com o tipo e com a receita de queijeiro.

O segundo processo, importante e dependente de receitas secretas, é incorporar ao leite ácido, quantidades especiais de coalhos, bactérias lácticas que convertem a lactose em ácido láctico, moldando o sabor, aroma e textura do produto.

O material resultante, chamado de coalhada, é separado do soro. Nessa separação será definida a consistência e demais características do queijo. A mescla entre coalhada e soro, dependendo de cada receita, é moldada em diferentes tamanhos e formatos
Na sequencia, o queijo moldado é borrifado com sal ou imerso em uma salmoura por algum tempo e depois conduzido a ambientes frios para maturação, que pode durar de dias a meses.

E ai….vamos devora-lo!!!!

Soro do leite também é um bom nutriente

soro do leiteO processo de produção dos queijos utiliza em torno de 10 a 12 litros de leite para cada quilo de queijo produzido, esse valor depende, sem duvida, do tipo de leite utilizado e do tipo de queijo a ser produzido.
O soro do leite, que é recuperado após todo o processo de produção do queijo possui boas características nutricionais, proteínas de alto valor biológico, vitaminas, minerais e lactose.
Em virtude de possuir pouca quantidade de gorduras, menos de 0,4%, e um alimento saudável e pouco calórico.

Intolerância ou alergia ao leite? Qual a diferença?

Leite
Foto: Alessandro Paiva

Você conhece as diferenças entre a alergia à proteína do leite e a intolerância à lactose? Apesar de comumente confundidas, essas duas situações são bem distintas e devem ser esclarecidas.

Ambas são decorrentes do consumo do leite de vaca, mas a semelhança acaba por aí. A primeira grande diferença está no composto causador destas disfunções: na intolerância é a lactose, carboidrato presente no leite; já a alergia ocorre em função da proteína contida no leite.

A alergia à proteína do leite ocorre quase que exclusivamente em crianças, entre o primeiro e segundo ano de vida. Como qualquer processo alérgico, envolve uma reação do sistema imunológico, manifestando-se em sintomas cutâneos, como lesões na pele, respiratórios e gastrointestinais. Para a cura dos sintomas é necessário excluir o leite, derivados e qualquer outro produto que o contenha em sua composição. Habitualmente, a alergia ao leite de vaca é transitória e a maioria das crianças adquire esta imunidade a partir dos três anos de idade.

A Intolerância à lactose é um processo diferente da alergia. Ela não tem fase específica para se manifestar, pois é caracterizada pela deficiência da enzima lactase – responsável pela digestão da lactose – que pode ocorrer ao longo da vida. Quando a lactose não é devidamente digerida, ela chega intacta ao intestino, causando alterações em sua parede e sintomas como dores abdominais, gases e diarreias.

A deficiência dessa enzima ocorre porque após o desmame, o corpo é geneticamente programado para reduzir a atividade da lactase, processo que ocorre na maioria das populações do mundo. Essa é a causa primária da intolerância à lactose, que também pode ser desenvolvida por causas secundárias como doenças que causem dano à mucosa do intestino ou que aumentam o tempo do trânsito intestinal.

Diferente da alergia que necessita da exclusão da proteína do leite, a intolerância possui diferentes graus de aceitação à lactose. Existe uma tolerância individual, ou seja, há certa quantidade que cada pessoa pode ingerir de leite ou derivados, sem apresentar sintomas.

Hoje o mercado conta com diversos produtos que auxiliam em dietas com exclusão total ou parcial do leite de vaca. Existe leite com baixo teor de lactose, ou bebidas de soja com composição similar ao leite, entre outros produtos.

Queijo Minas artesanal, muito além do alimento.

O queijo foi trazido para Minas Gerais pelos colonizadores portugueses, na época do auge da mineração e extração de ouro. O queijo feito do leite cru era um alimento artesanal que se adaptava bem ao clima serrano das minas. Além de muito consumido em suas regiões de origem, logo começou a ser levado para outros locais pelos tropeiros que passavam pelas regiões produtoras dos queijos.

As características do queijo minas fazem dele um alimento único que, em 2007, passou a ser considerado patrimônio cultural do Brasil. O queijo é tão incorporado na cultura brasileira que está presente até em ditos populares como “pão, pão, queijo, queijo” ou “um abraço, um beijo e um queijo”.

Apesar das mesmas técnicas de preparo, os queijos de Minas artesanais produzidos nas regiões do Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre apresentam características organolépticas (consistência, sabor e aparência) diferentes, graças às condições de clima e solo específicos. O ingrediente responsável por essas diferenças é o pingo, fermento láctico utilizado em sua produção que possui a ambiência bacteriana de cada local.

Seu sabor único pode ser apreciado de diferentes formas que vão deste o queijo puro até o famoso pão de queijo, passando pelas broas de fubá com queijo e cuscuz de mandioca com queijo.

RECEITA DE PÃO DE QUEIJO

1 copo de água
1 copo de óleo
1 Kg de polvilho azedo
Leite (quanto for necessário)
½ colher (sopa) de sal
4 ovos
500g queijo Minas artesanal, ralado em ralo grosso

Modo de Preparo
Ferva a água junto ao óleo. Em um recipiente, adicionar essa mistura ao polvilho, misturando até que esfrie. Comece a sovar a massa e vá acrescentando o leite. Coloque os ovos, sem parar de sovar. Por fim, adicione o queijo. Unte as mãos com óleo e enrolar os pães de queijo. Coloque em uma forma untada e leve ao forno para assar.

Autora: Nutr. Marilia Zagato

Queijos artesanais brasileiros, quais as diferenças?

Os queijos artesanais são aqueles basicamente fabricados com leite cru. No processo de fabricação desses queijos estão envolvidas técnicas rudimentares e seculares, podendo dessa forma, potencializar contaminações bacterianas.
No enfoque gastronômico são conhecidos como queijos Terroir, relacionando-se com o clima, pastagem e aos tipos de bactérias utilizadas nos processos de produção.
O processo de produção desses queijos pode ser longo, dependendo das tecnicas utilizadas, no entanto, sempre passa por 7 fases básicas:
Filtragem do leite; Desnate; Cozimento da massa; Eliminação do soro residual; Adição de leite cru; Prensagem e moagem da massa; Nova mistura com creme de leite; Maturação.

Em todos esses processos existe um grande potencial de contaminação ambiental e de processos, acrescido da grande possibilidade de contaminação por bactérias já presentes no leite cru.

Tipos de queijos Terroir no Brasil

Coalho
Leite proveniente de vacas alimentadas com cactos, coalho originário de leite coalhado. Após a retirada do soro, utiliza-se sal e descanso em formas especiais.
Serrano
Leite proveniente de pecuária de corte, criação extensiva, produzido em regiões frias do Rio Grande do Sul
Marajó
Leite de búfala, coloração branca intensa, aroma leve, tons de sal, levemente adocicado e consistência cremosa.
Minas /Canastra
Leite bovino de pecuária extensiva, prensagem manual, re utilização de soro que escorreu da prensa da produção anterior, como estimulante da maturação ou “fermento”.
Colonial
Leite de vacas da região sul de Santa Catarina, sabor ácido e picante, maturação longa, em torno de 15 dias

Fontes:
Eliane L. Figueiredo; Universidade Federal do Pará
Folha de SP, acesso em 30/11/2011

Para entender tudo sobre quase todos os queijos….

Os queijos, alimentos incorporados nos hábitos alimentares de quase todos os povos, possuem características nutricionais peculiares: ricos em proteínas, hipercalóricos e ricos em minerais, especialmente Cálcio.
No dia a dia dos profissionais de saúde, principalmente nutricionistas, podem ser utilizados em dietas especiais de restrição ou em orientações nutricionais básicas.

Já no mundo da gastronomia, o queijo reina absoluto nas receitas de pratos clássicos, molhos e cremes e até em sobremesas.

Podemos dizer que, se ele não é o rei da gastronomia, certamente faz parte da corte, e em boa posição!!!

QUEIJO Cal / (30g) CARACTERÍSTICAS
Cottage 28.5 Produzido a partir de leite de vaca desnatado, possui grânulos brancos,textura macia e sabor suave
Ricota 54 cor branca, textura macia, sabor suave, produzido a partir do soro de leite de vaca ou de ovelha
Minas frescal 73 massa branca, úmida, sabor fresco, textura mole, fabricado com leite de vaca pasteurizado
Cream Cheese 75 Possui creme de leite na composição, consistência cremosa,textura lisa, coloração marfim
Mussarela light 80 cor amarelo claro, aparência plástica, casca lisa e fina, sabor suave
Prato light 86 coloração amarela, textura macia e sabor suave
Requeijão 86 possui creme de leite na composição, textura macia e consistência cremosa
Mussarela
de bufála
90 cor branca e brilhante, massa filada e apresentação em forma de bolas, acondicionadas em soro
Camembert 95 Possui formato de disco, casca fina e esbranquiçada, sabor forte, textura aveludada e consistência cremosa
Emmenthal 95 Produzido com leite de vaca, possui cor amarela, massa elástica e furos que variam de tamanho
Mussarela 97 cor amarelo claro, aparência plástica,casca lisa e fina, sabor suave
Provolone 103 forma esférica, casca dura, cor amarela, massa densa, sabor marcante e defumado
Edam 100.5 Forma esférica, cor amarela, textura semi-dura, sabor forte e coberto com cera vermelha
Prato 106 coloração amarela, textura macia e sabor suave
Gouda 107 Fabricado com leite de vaca, suaves,aroma de queijo amanteigado
Brie 110 Produzido a partir do leite de vaca, casca de mofo fino, sabor suave, cremoso.
Roquefort 111 produzido com leite de ovelha, cor amarela, com pontos azuis, sabor e aroma fortes e picantes
Gruyère 111 Massa firme, cor amarela, casca grossa e aroma suave
Cheddar 114 Cor dourada, disponível nas versões tenro, meio maduro
Parmesão 117 produzido com leite de vaca, tem coloração escura, casca espessa, consistência dura, sabor acentuado
Gorgonzola 120 Fabricado com leite de vaca, possui casca rugosa, veias azuis internas, massa mole e quebradiça, sabor forte e picante

Fontes: Guia mundial dos queijos; 2002; Enciclopédia Wikipédia, acesso em 10/12/2009

Diferenças importantes entre os tipos de Leite

Os leites dos tipo A, B e C possuem praticamente a mesma composição nutricional, dependendo dos processos de coleta, armazenamento e tratamento dos rebanhos, iremos observar pequenas diferenças.
A diferença entre eles reside em:
– Tipo de rebanho, tipo de alimentação do rebanho e raça do gado,
– Método de ordenha,  Processo de obtenção /armazenamento
– Número de bactérias presentes após pasteurização.

Tipo A é obtido de um único rebanho e não há contato manual com o leite em nenhuma fase do processo. A ordenha é mecânica e o leite segue por tubulações diretamente para o compartimento onde sofre pasteurização, homogeneização e envase.
O número máximo de bactérias permitido para este leite é de 500/ml.

Tipo B é obtido de rebanhos diferentes e sua ordenha pode ser realizada mecânica ou manualmente. O leite deve ser refrigerado no próprio local da ordenha (propriedade rural) por até 48 horas em temperatura igual ou inferior a 4ºC e transportado em tanques até o local apropriado, onde será processado.
O número máximo de bactérias permitido para este leite é de 40.000/ml.

Tipo C tem a mesma origem e tipo de ordenha do leite tipo B. Entretanto, não é refrigerado na fazenda leiteira. Após a ordenha, o leite é transportado em tanques até um local apropriado (estabelecimento industrial) até as 10:00 h do dia de sua obtenção, onde só então é processado, seguindo os prazos estipulados por lei.
O número de bactérias presentes no leite, que pode chegar, por determinação da lei, a 100.000/ml.

Fontes:

 

Torres EAFS, Campos NC, Duarte M, Garbelotti ML, Philippi ST, Rodrigues RSM. Composição centesimal e valor calórico de alimentos de origem animal. Ciênc Tecnol Aliment. 2000;20(2):145-50. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-20612000000200003&script=sci_arttext&tlng=pt. Acessado em: 01;12;2009.

Leite Fazenda. A diferença entre os leites A, B, C e Longa Vida não está relacionada ao teor de gordura do leite. Disponível em: http://www.leitefazenda.com.br/VoceSabia.aspx. Acessado em: 01/12/2009.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa no 51 de 18/09/2002 – Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade
do Leite tipo A, do Leite tipo B, do Leite tipo C, do Leite Pasteurizado e do Leite
Cru Refrigerado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e
seu Transporte a Granel, em conformidade com os Anexos a esta Instrução
Normativa.

 

Leite Longa vida pode ser uma boa opção?


Os recentes fatos de alteração no leite longa vida têm deixado o consumidor receoso e ocasionado mudança de hábitos com a procura e o aumento do consumo de leite pasteurizado.
Com essa situação, os consumidores é quem ficam com o maior prejuízo, devido às especificidades nutricionais deste alimento, que é um dos mais completos e contém cálcio, potássio, minerais, proteínas entre outros nutrientes.
Com toda essa celeuma, existe uma preocupação no afastamento da população do consumo do leite, que é uma das mais importantes fontes de Cálcio, necessário ao crescimento e ao combate à osteoporose        
Diante desse cenário, é preciso ter cautela e lembrar, antes de tudo, da importância desse alimento ao organismo.
O leite longa vida é resultado do aprimoramento de processos tecnológicos de tratamento térmico e, por não precisar de refrigeração enquanto a embalagem estiver fechada, confere segurança ao consumidor, conservando as propriedades nutritivas.
O armazenamento do leite longa vida é um ganho em qualidade e logística. Já o leite pasteurizado – normalmente na embalagem de saquinho, possui uma vida muito curta e o transporte para diferentes lugares faz com que ele tenha um prazo de validade muito limitado.

Para a classificação de longa vida, o leite precisa, em primeiro lugar, ter matéria-prima de boa procedência, passar pelo processo de ultra-pasteurização e, em seguida, ser acondicionado em embalagens assépticas. Com este procedimento o leite longa vida fica mais protegido de contaminações por bactérias e microorganismos e não necessita de nenhum conservante.
O  Longa Vida é ultrapasteurizado e é submetido durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura entre 130 e 150° C, mediante um processo térmico de fluxo contínuo; imediatamente resfriado a uma temperatura inferior a 32° C, e envasado assepticamente. Desta forma, pode ficar armazenado por bastante tempo e, mesmo assim, conservar suas características nutricionais.
Além disso, pode receber a adição alguns de nutrientes importantes como ferro, cálcio e fibras, tornando-o ainda mais nutritivo.