A necessidade da adição de nutrientes nos alimentos

 

 

balanca 261x199xsuplementos.jpg.pagespeed.ic.lkx16Ejs11A alimentação não diz respeito apenas ao consumo de alimentos, mas à ingestão de nutrientes que influenciam o bem-estar e a saúde. Uma alimentação saudável é aquela que atende todas as necessidades do organismo, que deve ser colorida, equilibrada, variada, segura e saborosa, além de respeitar os hábitos alimentares e tradições de cada pessoa. Por meio dos alimentos, garantimos a oferta de nutrientes importantes para nossa saúde. A eficiência com que um nutriente ou componente da dieta é utilizado pelo organismo, chama-se biodisponibilidade de nutrientes.

Alguns fatores podem influenciar nesta biodisponibilidade como a eficiência da digestão, alimentos consumidos ao mesmo tempo que podem interferir na absorção, método de preparo (cru, cozido ou processado), hábitos alimentares inadequados, entre outros. Todos estes elementos interferem diretamente na qualidade e quantidade dos nutrientes no organismo. A falta de alguns nutrientes pode causar doenças e, para prevenir ou recuperar essa carência, existem duas opções que podem ser utilizadas para supri-la: a fortificação e a suplementação.

A fortificação ou enriquecimento é um processo no qual é acrescentado um ou mais nutrientes ao alimento, e seu principal objetivo é reforçar o valor nutritivo para prevenir possíveis deficiências nutricionais. É muito utilizada como recurso na prevenção das carências nutricionais em muitos países, por exemplo, no Brasil as farinhas de milho e de trigo são fortificadas com ácido fólico. Os micronutrientes mais utilizados para fortificação são: ferro, ácido fólico, vitamina D e entre outros. A fortificação é muito importante, pois é utilizada para suprir e garantir a ingestão adequada de nutrientes, e também uma opção para a saúde pública de baixo custo e efetiva a curto, médio e longo prazo para a prevenção de doenças.

Uma outra opção de suprir as necessidades de nutrientes é por meio da suplementação, que é utilizada para complementar ou suprir algumas deficiências nutricionais, por exemplo, no caso da anemia por deficiência de ferro, a suplementação com este nutriente pode ajudar no tratamento da doença. É importante lembrar que a escolha dos suplementos deve sempre ser feita com a orientação de um profissional da saúde, como nutricionista e médico.

A adição de nutrientes em alimentos é muito importante para ajudar no tratamento e prevenção de deficiências e também para garantir a ingestão recomendada. A fortificação e a suplementação são duas alternativas para suprir ou garantir as necessidades de nutrientes. É muito importante ter uma alimentação equilibrada e, sempre que necessário, a ajuda de um profissional da saúde, como um nutricionista, que poderá orientar as melhores condutas.

Autora: Nutr. Marcela Samtos

Referências:
Brasil. ministério da saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / ministério da saúde, secretaria de atenção à saúde, departamento de atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: ministério da saúde, 2014. 156 p.: il.

Whitney, Ellie – Nutrição, vol. 1: entendendo os nutrientes / Ellie Whitney, Sharon Rady Rolfes; tradução All Tasks. – São Paulo: Cengage Learning, c2008. 332p.

Marques MF, Marques MM, Xavier ER, Gregório EL – Fortificação de alimentos: uma alternativa para suprir as necessidades de micronutrientes no mundo contemporâneo – HU Revista, Juiz de Fora, 2012;38(1):79-86.

 

Aminoácidos especiais e alimentação em atletas

imagesAtletas que têm uma carga de treinos e provas intensas, principalmente em eventos de endurance de longa duração, observa-se uma maior incidência de infecções respiratórias e urinárias, a suplementação com glutamina, um aminoácido condicionalmente essencial à função de linfócitos e macrófagos, na dose de 5 g/h durante o período de recuperação, poderia estimular as funções de imunidade celular. Recentemente alguns trabalhos em atletas de maratona, indicaram a utilização rotineira de probióticos com forma de minimizar a ocorrência de infecções do trato urinário.

Caloria, energia e metabolismo


A tão famosa caloria advinda dos alimentos deriva de processos químicos, nos quais a energia que resulta da “queima metabólica” dos nutrientes seria o valor calórico destes.
Como o calor é a forma mais comum e conhecida de energia, a caloria é definida em termos de calor – quanto calor é necessário para aumentar a temperatura da água em determinada quantidade.
Resumindo, caloria é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um quilo de água em um grau Celcius.
Diferentes nutrientes produzem diferentes valores energéticos> Há muitos anos se investiga o valor calórico dos alimentos / nutrientes. Inicialmente se procedia a queima dos alimentos na presença de Oxigênio e mergulhados em água, o aumento da temperatura da água seria o valor energético produzido pelo determinado nutriente.
Em média uma grama de gordura produz nove calorias, uma grama de carboidrato ou de proteína produz quatro calorias e uma grama de álcool produz 7 calorias.
Na verdade, a nossa alimentação geralmente é composta de alimentos que contém vários nutrientes, é uma mistura de gordura, carboidrato e proteína, desta forma, devemos conhecer a participação de cada nutriente em determinado alimento para calcular quantas calorias uma porção desse alimento nos será oferecido.
Os trabalhos científicos colocam as nossas necessidades em torno de uma caloria por hora por quilo de peso corporal. Existem variáveis nesse cálculo, mulheres necessitam menos calorias e as calorias necessárias para alguns indivíduos podem ser maiores que esse cálculo, dependendo do tipo de atividade que o individuo exerce no seu dia a dia, por exemplo: um trabalhador braçal necessita maior oferta de energia que um executivo que permaneça longo tempo sentado no escritório…
Outro aspecto que deve ser considerado é que o peso dos alimentos, mesmo que sejam alimentos com grande quantidade de um único nutriente, como por exemplo as carnes, nas quais a quantidade de proteína é maior, nunca deve ser considerado como ofertando o valor calórico total, devemos colocar uma redução no peso em torno de 15%, decorrente de fibras, minerais e outros nutrientes sem valor calórico. Por exemplo,  100 gramas de carne de boi não fornece 400 calorias, como seria o esperado, devemos reduzir esse valor para 320 a 360 calorias.
Fontes:
Nestle M. Departamento de Nutrição e estudos dos alimentos da Universidade de Nova Iorque
Wolke, R. L.  O que Einstein disse a seu cozinheiro, Jorge Zahar editor, 2003
www.nutricaoclinica.com.br, acesso em 01/10/2012