As verdades sobre o óleo de cártamo

CártamoAtualmente, é bastante comum a procura pelo óleo de cártamo em farmácias, lojas e sites especializados. As alegações são muitas e incluem aceleração do metabolismo de gorduras, atenuação de processos inflamatórios, controle nos níveis sanguíneos de colesterol e açúcar e promoção do emagrecimento.

O cártamo é uma planta de origem asiática e já foi muito utilizada para o tingimento de seda. De sua semente é extraído o óleo, que tem uso culinário e boa estabilidade em altas temperaturas. Sua composição é rica, com alto teor de gorduras poli-insaturadas, e maior destaque para o ácido linoleico, além de apresentar compostos antioxidantes.

Os reais benefícios desse óleo ainda não estão cientificamente comprovados. Praticamente a totalidade dos estudos realizados foi em animais e, desta forma, os resultados encontrados ainda não podem ser extrapolados para a utilização em humanos. Da mesma forma, os mecanismos de ação do óleo de cártamo frente aos resultados obtidos, ainda não estão completamente elucidados.Óleo de cartamo

As condutas para o tratamento de perda de peso e controle de doenças crônicas como a hipercolesterolemia ainda são as mesmas, e não devem ser excluídas em função de novos produtos ainda não validados. A suplementação do óleo de cártamo para ações no metabolismo energético e controle de peso corporal não deve ser utilizada e necessita ser vista com maior cautela por parte dos profissionais de saúde e da população.

Carboidratos, índice glicêmico e as desordens estéticas

Alimentos baixo índice glicêmicoDoenças crônicas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares têm causas multifatoriais. Parte deste conjunto de causas compreende os hábitos alimentares inadequados que, de diferentes formas, contribuem para a desregulação do nosso organismo.

A má alimentação também pode causar problemas estéticos, não tão graves como as doenças crônicas, mas muito incômodos por se tratarem do aparecimento de celulite, acne e envelhecimento da pele. O consumo excessivo de carboidratos simples é um dos fatores que está diretamente relacionado ao desenvolvimento dessas desordens estéticas.

Os alimentos com grande quantidade de carboidratos simples possuem alto índice glicêmico (IG), e têm como característica a rapidez na digestão e absorção, elevando a glicemia (concentração de glicose no sangue). Já os alimentos com baixo IG (carboidratos complexos) agem de forma contrária, elevando a produção de glicose gradualmente.

Dietas com alto índice glicêmico aumentam a massa de gordura corporal, além de alterarem a liberação de hormônios e elevarem a concentração de substâncias pró inflamatórias, resultando no aparecimento ou no agravamento do quadro de celulite (fibroedema geloide). Da mesma forma, este tipo de dieta está associado à acne e ao envelhecimento cutâneo, pois ela induz a produção de compostos que alteram a estrutura e formação da pele.

Ainda não há padronização para a prescrição de dietas com baixo IG, entretanto o que se conhece até agora pode ser utilizado como ferramenta complementar para a prevenção e controle de desordens estéticas. Cuidados dermatológicos associados a pratica de atividade física e alimentação saudável ainda é a melhor combinação para o tratamento estético, já que essas ações isoladas tendem a apresentar resultados menos significativos.

Como a alimentação influencia na acne

AcneDurante muito tempo houve uma grande discussão entre a relação da ocorrência de acne relacionada à dieta ou a determinados tipos de alimentos. O fato é que até pouco tempo atrás, muitos profissionais desmistificavam essa relação e, atualmente, buscam-se fundamentos científicos que comprovem esse efeito da alimentação, ajudando também a identificar os fatores que realmente são relevantes para essa discussão.

O surgimento dos estudos partir da observação de que os povos orientais apresentam menor incidência de acne comparada aos ocidentais, sugerindo que a diferença entre os hábitos alimentares influenciem a melhora ou piora do quadro.

Considerando as evidências científicas atuais pode-se afirmar que o consumo frequente de carboidratos de alto índice glicêmico, ou carboidratos simples (aqueles que são rapidamente absorvidos e disponibilizados na circulação sanguínea em forma de glicose) pode influenciar no crescimento epitelial folicular, na queratinização e na secreção sebácea, ou seja, três dos fatores causadores da acne. Outro grupo de alimento que demonstra relação com a piora do quadro da acne é o de lácteos (leite e derivados), que apesar de possuírem baixo índice glicêmico, aumentam os níveis de IGF-1, uma substância que estimula a produção do sebo – outro fator causador da acne.

Contudo, há nutrientes que fazem o processo inverso, prevenindo ou melhorando a acne. O ômega-3 é um deles, já que seu consumo adequado é capaz de reduzir a liberação de substância pró-infamatórias, modulando a inflamação e reduzindo a acne. Observou-se também pessoas com baixos níveis de vitamina A e zinco apresentavam acne, sendo que no grupo com o quadro mais grave, o nível desses micronutrientes era ainda menor.

Alguns alimentos são popularmente atribuídos à acne como é o caso das nozes, amendoim e alimentos gordurosos. Fala-se também muito da obesidade como causadora da acne, assim como o consumo de uma dieta rica em gorduras. Até o chocolate sempre foi apontado como um dos principais culpados. Para essas questões, ainda não há comprovações científicas, entretanto, não há mais como negar o papel da dieta na prevenção e tratamento acne.

Celulite, sem mistérios ou lendas


A celulite é um dos maiores pesadelos das mulheres, que tentam, a todo o custo, acabar com a temida casca de laranja. Alguns estudos científicos e epidemiológicos revelam que cerca de 90% das mulheres adultas e em diferentes culturas têm celulite, e em grande parte, sem relação com obesidade.
Existem muitas causas relacionadas ao desenvolvimento dessas alterações de pele e de tecido sub cutâneo, nomeadamente fatores genéticos,  sedentarismo, uma má alimentação, problemas circulatórios, disfunções hormonais, o álcool, o tabaco, o vestuário apertado e o stress.
A celulite pode localizar-se em várias regiões do corpo, em especial nos glúteos, coxas, e abdómen.
Para um adequado controle da doença, não basta recorrer aos tratamentos estéticos e aos cremes, é essencial haver uma reeducação alimentar para que os resultado sejam os esperados. A estética e a nutrição são assim dois aliados de peso quando toca a resolver este problema.

Existem alimentos que ajudam a “ limpar”  o organismo, e que melhoram a circulação sanguínea bem assim como outros problemas que agravam a celulite.
No entanto, a validação científica desses alimentos é muito reduzida, o campo da especulação é o mais provável canal de todas as informações.

Temos por exemplo:
–  algas, que são uma fonte de iodo e que como tal equilibram o trabalho da tiroide, evitando desiquilíbrios hormonais;
–  arroz integral, que contém fibras e minerais que favorecem a digestão do açúcar e o funcionamento dos intestinos;
–  aveia, que reorganiza as fibras de sustentação da pele e previne a formação das depressões cutâneas;
–  azeite, com uma ação anti-inflamatória;
– os legumes verdes escuros, que melhoram a circulação e ajudam a desintoxicar o organismo;
– maçã, uma excelente fonte de pectina, uma fibra que neutraliza as toxinas presentes no organismo.
No quesito chás:
O chá de salsa e o chá verde promovem um aumento da diurese, talvez pela maior ingesta de líquidos do que por um efeito diurético específico.

Na verdade, a genética e o consumo aumentado de gorduras e carboidratos, em todos os trabalhos analisados, despontam como os grandes vilões desse  “ tempestuoso problema feminino”.

Celulite e alimentação, não cura, mas ajuda !!

De acordo com estudos científicos, toda mulher depois da puberdade, tem celulite. O próprio organismo feminino passa a favorecer seu aparecimento por meio das disfunções hormonais, predisposição genética, pílula anticoncepcional, entre outros fatores, além do sedentarismo e má alimentação. Como não será mais possível livrar-se dela após essa fase da vida, a prevenção é a melhor maneira de lidar com essa característica marcante, que tanto aflige o sexo feminino.

É fundamental aliar três fatores que ajudam a prevenir a celulite: alimentação saudável; hidratação e exercícios físicos. A celulite é caracterizada por depressões de inchaços e de gorduras. Por tanto, nada melhor que adotar uma alimentação saudável a base de redução de sal, açúcar e gordura saturada, aumentando também o consumo de frutas e vegetais, o consumo ideal deve ser de cinco porções diárias.

Outra ação de nutrição saudável é a restrição ao fast food, gorduras e açucares dos salgadinhos.
Além da preocupação com a hidratação do corpo, é importante não esquecer que a prática regular de exercícios é fundamental, pois auxilia no consumo de energia pelo corpo, dificultando a transformação das sobras alimentares em gordura.
Em trabalho científico publicado por doutoranda da UNICAMP, a celulite é inexorável por fatores genéticos, mas certamente, pode ter sua redução reduzida com a restrição de carboidratos, gordura e exercícios aeróbicos frequentes, principalmente entre os 14 e 40 anos….                  

Resumindo:
Adotar uma alimentação mais saudável com verduras, legumes e frutas;
Evitar o excesso de sal e comidas industrializadas;
Beber bastante líquido. Recomendado de dois a três litros por dia;
Evitar ficar sentada ou em pé por muito tempo e descansar as pernas sempre que possível;
Controlar o estresse.
Exercícios aeróbicos e drenagem linfática podem reduzir a área afetada e retardar a evolução