O crescente mercado dos alimentos funcionais

PirâmideO alimento funcional é aquele que pode afetar beneficamente uma ou mais funções alvo no corpo, de maneira que seja relevante para o bem-estar e a saúde. De acordo com a definição da ANVISA, Alimento Funcional é todo alimento ou ingrediente que pode, além das funções nutricionais básicas, produzir efeitos metabólicos, fisiológicos e/ou benefícios à saúde, devendo ser seguro para o consumo sem supervisão médica.

Essa concepção de alimento funcional veio do Japão, que na década de 80, lançou um programa governamental que objetivava o desenvolvimento de alimentos saudáveis para uma população com grande expectativa de vida.

Atualmente, é grande a parcela da população que opta por hábitos de vida mais saudáveis e por alimentos que tenham propriedades benéficas. Estima-se que o mercado mundial de funcionais deve crescer 38% até 2017.

No Brasil, a legislação a respeito dos funcionais é diferente de países da Europa e dos Estados Unidos, e para que um alimento receba essa alegação é necessário que seja aprovado pela ANVISA. A lista de alimentos que podem ter a alegação de propriedades funcionais passa por revisões e a última atualização divulgada pela ANVISA foi em 2008. Atualmente, os alimentos liberados são: ácido graxo ômega 3, carotenoides (licopeno, luteína e zeaxantina), fibras alimentares (beta glucana, dextrina resistente, frutooligossacarídeos, goma guar parcialmente hidrolisada, inulina, lactulose, polidextrose, psyllium e quitosana), fitoesteróis, polióis (manitol, xilitol e sorbitol), probióticos e proteína de soja.

São muitos os benefícios trazidos pelo consumo de alimentos funcionais, mas é importante verificar se as substâncias citadas se encontram em quantidade suficiente no alimento para produzir o efeito desejado.

Alimentos funcionais e gastronomia, como viabilizar a escolha certa

Atualmente os conhecimentos sobre a bioquímica clínica permitem afirmar que muitos nutrientes não só agem prevenindo e/ou corrigindo deficiências nutricionais, como também, produzindo efeitos benéficos à saúde, essa classe de nutrientes é chamada de Nutracêutica.

Os nutracêuticos fazem parte de uma nova concepção de alimentos, que evoluiu no Japão na década de 80, através de um programa de governo para desenvolver alimentos saudáveis, com propriedades medicinais, em virtude do envelhecimento da população diante do aumento de sua expectativa de vida.

Na literatura encontramos diversas designações sobre o mesmo tipo de substancia: Functional food, designer food, therapeutic food, nutraceuticals, pharmafood, medical food, esses são termos atribuídos, no final dos anos 80 a alimentos, ou partes de alimentos, que proporcionam benefícios médicos ou de saúde, incluindo a prevenção e o tratamento de doenças.
A melhor e comumente aceita designação é a de alimento funcional que é qualquer alimento ou ingrediente que tenha impacto positivo na saúde individual; performance metabólica e física, ou funções relacionadas ao sistema nervoso central; além de seu valor nutritivo.
Cada vez mais encontramos receitas e sugestões de gastronomia utilizando alimentos funcionais na composição, dentre eles: aveia, azeite, óleo de peixe (Omega 3) e muitos mais.
Como exemplo da utilização ampla de alimentos funcionais na gastronomia, temos a dieta mediterrânea, a dieta do Atlântico e um sem número de variações em culinárias regionais, privilegiando os alimentos nutrientes funcionais.

 

Afinal, o que o Tomate tem de bom?

 

Cada 100g de tomate fornece aproximadamente 20 calorias. O tomate é rico em vitaminas C, E e Potássio. Além disso, contém betacaroteno (provitamina A), vitaminas do complexo B, minerais como: cálcio, fósforo, ferro, sódio, magnésio e cloro e uma substância chamada licopeno, que lhe dá a cor vermelha. O licopeno, possui ainda ação antioxidante e anticancerígena.

O consumo do tomate está associado a menores índices de câncer de pâncreas e câncer cervical. Estudos realizados em 2000, relatam que os benefícios antioxidantes do licopeno do tomate são melhores absorvidos em conjunto com as  lipídeos da dieta, por exemplo: azeite de oliva. Além do tomate outros alimentos possuem licopeno em quantidades variadas são eles: melancia, goiaba vermelha, mamão papaia, molho de tomate, suco de tomate e katchup

Silvia Cristina Ramos
Nutricionista Clínica – IMeN