A pimenta esta presente em todos os compêndios de gastronomia. Quem coloca a pimenta no dia-a-dia está levando, além de um tempero perfeito para os mais variados pratos, uma série de medicamentos naturais.
Os rigores de validação científica necessitam de inúmeras provas clínicas e pesquisas laboratoriais para certificar os alimentos e nutrientes como medicamentos, desta forma, na medicina alternativa, na nutrição funcional e nas demais variações das curas alternativas, estão as dicas e receitas de saúde relacionadas às pimentas.
A pimenta traz consigo alguns mitos, como por exemplo, o de que provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até alterações intestinais como as hemorroidas. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram, em alguns casos, justamente o oposto. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde.
O nome da substância é piperina, na pimenta do reino e caspsaina nas variáveis chamadas de vermelhas. Elas provocam a liberação de endorfinas – analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica!
Assim que ingerimos um alimento apimentado, a capsaicina ou a piperina ativam receptores sensíveis na língua e na boca. Esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, sinalizando que a sua boca estaria pegando fogo. Rapidamente, essa informação, estimula a salivação, a secreção nasal e uma intensa transpiração na face, bem como, provoca uma vermelhidão generalizada, sem duvida, uma ação metabólica digna de um bombeiro que quer apagar um fogo, mas na verdade, o intuito é refrescá-lo.
Embora os nutrientes da pimenta não tenham provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estava pegando fogo, inicia, de pronto, a fabricação de inúmeras substancias químicas, como as endorfinas, que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar, e euforia.
Quanto maior é o “poder ardido da pimenta”, respondemos com mais secreção hormonal e química, criando um circulo viciosa de dor, ardor e prazer.
Na literatura da saúde encontramos vários trabalhos científicos relacionando o consumo das substâncias picantes das pimentas (capsaicina e piperina) com a melhora da digestão e estimulo às secreções do estômago. Essa teoria é facilmente explicada avaliando a ação de vasodilatação generalizada que também estimula a circulação sanguinea no estômago, favorecendo a cicatrização de úlceras.
Pesquisadores do mundo todo não param de descobrir que a pimenta tem qualidades farmacológicas importantes. Além dos princípios ativos capsaicina e piperina, o condimento é muito rico em vitaminas hidro solúveis como A, C, Acido Fólico, Zinco e Potássio.
Desta forma é um campo rico para teorias antioxidantes, preventivas aos diversos tipos de câncer, pois também contem bioflavonóides e vários pigmentos e sem duvida, relacionada ao retardo do envelhecimento.
De concreto sabemos que é muito usada, pode destruir ou abrilhantar receitas e, aos aficionados, um dos mais importantes ingredientes.