A constipação é uma das queixas gastrointestinais mais prevalentes na população, sendo responsável por cerca de 2,5 milhões de visitas médicas. Estima-se que afeta 1 em cada 50 pessoas, sendo que mulheres, idosos e pessoas de baixo nível socioeconômico são os grupos mais afetados.
A constipação não é classificada como doença, mas sim um sintoma, ou conjunto de sintomas que envolvem: fezes ressecadas; poucas evacuações por semana (menos que três); esforço para evacuar; sensação de evacuação incompleta; e tempo excessivo dispensado no banheiro para evacuação.
Dentre os fatores que podem causar a constipação estão os hábitos alimentares, a evacuação dolorosa que gera comportamento de retenção das fezes, distúrbios de motilidade do intestino (capacidade do intestino de realizarem movimentos), uso de determinados medicamentos e alterações hormonais.
O tratamento é complexo e deveria ser baseado na causa da constipação. Entretanto, esse diagnóstico não é tão simples assim, e o tratamento passa a envolver algumas ações que se mostram eficazes na melhora dos sintomas. Desta forma, tanto para a prevenção como tratamento, pode se combinar medidas para obter um resultado adequado: exercícios apropriados, alimentação rica em fibras, consumidas juntamente com grande quantidade de líquido, e o uso ocasional de medicamento. Os vegetais, as frutas e o farelo de cereais são ótimas fontes de fibra.
Essas ações, quando feitas isoladamente, apresentam pouca ou nenhuma melhora no quadro de constipação. Um exemplo é o aumento da ingestão de líquidos, que sem a combinação com as fibras, não altera a consistência das fezes.
Sintomas crônicos da constipação, a falta de orientação terapêutica adequada e o uso abusivo de laxantes podem auxiliar no surgimento de problemas mais graves como doença diverticular do cólon, hemorróidas, fissuras anais, entre outros.