O termo nutracêutico engloba uma grande variedade de alimentos e componentes alimentícios, voltados à prevenção e tratamento de doenças. Apesar de falarmos de alimento, estes se apresentam na forma cápsulas, comprimidos, tabletes, etc.
Não há um consenso na definição, mas podemos dizer que os nutracêuticos ocupam uma faixa entre os alimentos e os remédios, pois compreendem os nutrientes como vitaminas, minerais, aminoácidos, mas também outras substâncias que podem contribuir para prevenção ou tratamento de doenças como fitoesteróis, licopeno, resveratrol, entre outras.
A associação entre tipos de alimento e saúde não é atual. Há séculos os alimentos são utilizados para fins terapêuticos, sempre baseados na sabedoria popular. Podemos considerar nova a forma como essas substâncias são utilizadas e como as informações referentes a elas são difundidas. As pesquisas científicas relacionadas aos temas tiveram um grande avanço, e passaram a demostrar a ação que uma série de substâncias possui no organismo. Entretanto, muitos destes mecanismos ainda não foram totalmente elucidados e/ou comprovados.
O problema é a forma como essas descobertas são veiculadas, como se fossem mecanismos completamente conhecidos, levando ao engano da população e dificultado a utilização de nutracêuticos na prática clínica de profissionais da saúde. As barreiras também são encontradas na falta de normatização em relação à identidade dos produtos (rotulagem, formas de distribuição), bem como à qualidade de produção e manutenção das substâncias e a propaganda vinculada.
A utilização dos nutracêuticos deve ser proporcional às novas descobertas científicas, tendência esta que proporcionará futuramente orientações de uma alimentação mais personalizada, objetivando saúde e qualidade de vida.