Orégano, o tempero com um quê de saúde

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Foto: SP Veres

Desde a Antiguidade, os efeitos benéficos de plantas eram conhecidos e utilizados como remédios para a cura de doenças. O orégano, além de ingrediente na culinária de diversos países, também faz parte deste grupo de plantas medicinais que, atualmente, tem sido objeto de estudo para a comprovação científica das propriedades que possui.

O orégano (Origanun) era muito utilizado pelos gregos e romanos, mas só chegou ao Brasil na época das navegações, trazido pelos colonizadores portugueses. As espécies mais comuns são O. vulgare e O. onites, cultivadas principalmente nas montanhas do Mediterrâneo e algumas regiões da Turquia. Apesar de ser uma erva versátil na cozinha, dando sabor a massas, molhos, vegetais, saladas e sopas, é consumida por muitos apenas na pizza. Fora do Brasil, é ingrediente essencial na culinária italiana e bastante presente também em preparações mexicanas.

Orégano 2As propriedades do orégano são atribuídas basicamente à presença de compostos fenólicos, que apresentam ações antialergênicas, antiaterogênicas, anti-inflamatórias, antimicrobianas, antitrombóticas e vasodilatadoras. Os flavonóides kaempferol e ácido quínico possuem atividade antioxidante e estão associados à prevenção de alguns tipos de câncer.

Assim como feito em outras plantas, pode-se extrair o óleo essencial de orégano (O. E. O.), substância líquida e aromática, que contém compostos da erva. Este óleo tem sido utilizado para a preservação de alimentos como aves e carnes, substituindo a administração de antibióticos. Esta capacidade está ligada principalmente à ação bactericida do carvacrol, outro composto fenólico, que também é responsável pelo aroma do orégano.

Com tantos benefícios, vale investir mais no orégano acompanhando não só a pizza, mas também carnes, legumes, pães, queijos, molhos, omeletes e o que mais seu paladar permitir.

Soja Preta, propriedades e benefícios

Quando falamos em soja, automaticamente, vem à cabeça aquele grão arredondado e amarelo, variedade mais cultivada no país. Atualmente, outra espécie de soja que começou a ser mais difundida, tem coloração preta e ganhou notoriedade pelas propriedades nutricionais que possui.

A soja preta é tão nutritiva quanto a soja amarela, pois seus conteúdos de proteínas e de isoflavonas são bem similares. A diferença está na cor! Sua casca escura possui antocianinas, um fotoquímico com ação antioxidante. As antocianinas (das palavras gregas antho = flor e kianos = azul) são as responsáveis pela maioria das cores azul, violeta e todas as tonalidades de vermelho que aparecem em frutas, folhas e raízes de plantas.  Apesar de ser largamente disseminada na natureza, são poucas as fontes comercialmente utilizáveis (vinho e suco de uva). Dentre suas propriedades benéficas, destaca-se seu efeito anticarcinogênico, antioxidante e antiviral.

É comum encontrar alegações errôneas a respeito da soja preta, principalmente em relação a redução de peso. Assim como outros alimentos, a soja possui características benéficas à saúde e proporciona maior qualidade na alimentação quando consumida. Entretanto, não tem propriedades mágicas e não há comprovação científica sobre sua ação na perda de peso ponderal.

Essa variedade de soja é muito consumida no Japão, na Coreia do Norte e na Coreia do Sul. No Brasil o aumento do consumo é recente e não há muitas marcas disponíveis no mercado. A soja preta pode ser utilizada em grãos, cozida, em sopas e saldas ou em farinha que pode ser adicionada a iogurtes, vitaminas e pães.