Creme de avelã, famosa Nutella

images (1) imagesCreme de avelã é um alimento feito a partir da avelã triturada, cacau em pó e componentes do leite, se popularizou no Brasil por volta do ano de 2005, por seu sabor marcante, praticidade e sua versatilidade de consumo, tanto na preparação de sobremesas (tortas, bolos, recheio de bombons, etc.) como acompanhamento de pães e torradas no café da manhã ou lanches durante o dia.

Seu principal ingrediente é a avelã, uma semente comestível da aveleira ou avelãzeira (árvore nativa do hemisfério Norte), com formato arredondado, cor amadeirada, sabor doce e oleaginoso. Em sua composição centesimal (100g) encontramos: 628 calorias, 16,7g de carboidratos, 9,7g de fibras¹. Com relação aos lipídeos (±60% de seu conteúdo), cerca de 80% desses dividem se em monoinsaturados e poli-insaturados. Assim podemos atribuir à avelã propriedades antioxidantes, como a maioria das castanhas e nozes².

Outro ingrediente indispensável no creme de avelã é o cacau em pó. Fruto original das regiões tropicais, o cacau é rico em polifenóis que podem promover discreta redução da pressão arterial³.

Por ser um alimento com avelã, leite e cacau a introdução na alimentação de crianças menores de 3 anos deve ser feita com certo cuidado, já que os dois nutrientes possuem alto potencial alergênico.

Seu perfil nutricional o creme de avelã se mostra um alimento da alta densidade calórica (105kcal/ 20g), sendo uma alternativa para pessoas que tem uma necessidade energética aumentada, atletas, crianças inapetentes e/ou desnutridas. O consumo deve ser feito de maneira inteligente, mesmo sendo calórico, quando combinado com pão ou torrada integral, torna-se uma opção saudável de lanche rápido para adultos e crianças.

  1. Tamires Mauricio Barrero

Referências:

  • Tabela de composição dos alimentos; UNIFESP, 2001.
  • Costa, T; Jorge, N.; Compostos bioativos presentes em castanhas e nozes.
  • VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão; Arq. Bras. Cardiol., 2010.

Nozes, Castanhas e Avelãs… Para consumir o ano inteiro!

As frutas oleaginosas, normalmente lembradas apenas nas festas de fim de ano, são sementes muito ricas em nutrientes e, por isso, deveriam ser consumidas frequentemente. Castanhas, nozes, avelã, amêndoa e macadâmia, são exemplos deste grupo.

Como o próprio nome diz – oleaginosas – essas sementes possuem grande quantidade de gordura. Entretanto, destacam-se as mono e poliinsaturadas, aquelas gorduras que fazem bem ao organismo. Devido a essa característica, são de alto teor calórico e devem ser consumidas com moderação. Durante o dia, é mais interessante substituir alimentos com muita gordura saturada pelas oleaginosas, mantendo as calorias diárias, mas melhorando a qualidade da alimentação. Outros importantes nutrientes que compõem as oleaginosas são vitaminas (A, complexo B e E) e minerais (potássio, selênio e cálcio). Veja algumas destas características:

Nozes: importante fonte de vitamina A e E (ação antioxidante), potássio e vitaminas do complexo B;

Macadâmia: a mais calórica entre as oleaginosas, porém muito saborosa e possui quantidade significativa de fibras e vitamina B1;

Avelã: boa quantidade de cálcio e vitamina E;

Amêndoa: grande quantidade de vitamina E e rica em potássio;

Castanha do Pará: segunda mais calórica, só perdendo para a macadâmia. Possui ômega 3 e Selênio.

Além de auxiliarem na sensação de saciedade por conterem triptofano, as oleaginosas podem ser consideradas as amigas do coração. Isso porque são muitos os efeitos benéficos com ação anti-inflamatória e antioxidante, controlando o colesterol total e o LDL-colesterol (fração do colesterol responsável pelo depósito de gorduras nas artérias) e consequentemente reduzindo o risco de doenças cardiovasculares.

A forma de armazenamento deste tipo de alimento pode influenciar positiva ou negativamente no benefício final do produto.  As gorduras insaturadas que possuem são muito susceptíveis à luz e a temperatura, por isso as oleaginosas devem ser guardadas em local fresco e protegido da luz, sendo ideal utilizar um vidro fosco.

Após saber os benefícios, como comer e como armazenar, por que não consumir essas sementes todos os dias? Afinal, Natal e Ano Novo só acontecem uma vez ao ano.

Autora: Nutr. Marilia Zagato