Segundo dados da OMS (Organização Mundial da saúde), o fogão a lenha, ícone da cozinha interiorana brasileira, é responsável por 2 milhões de óbitos por ano. Esses dados configuram o cozinhar a lenha, em ambientes fechados, como um dos maiores fatores ambientais responsáveis por mortes.
Estima-se que 3 bilhões de habitantes do planeta vivam ao redor de hábitos alimentares focados no cozimento utilizando como biomassa a lenha, carvão e esterco animal.
O fogão a lenha, continuadamente em funcionamento, além do preparo dos alimentos é um importante fator de aquecimento domiciliar. Nesse sentido, o ambiente vedado, para preservar o calor, torna-se o fator decisivo na inspiração de inúmeros gases tóxicos.
Segundo pesquisa da chef Heloisa Bacellar, a utilização do fogão a lenha possui um componente emocional muito maior que a eficácia no preparo dos pratos. A chef testou o cozimento do feijão no forno a lenha versus o cozimento na panela de pressão e na panela comum utilizando o fogão a gás, os resultados sensoriais não mostraram resultado significativo no quesito identificação da origem no preparo.
Certamente a discussão continuara, como trocar o fogão desse inúmeros domicílios e como convencer os amantes da culinária caipira?