O azeite de Oliva talvez tenha sido a primeira commodity da história da humanidade.
Em inúmeros textos relaciona-se o comércio de óleo de oliva como um importante agente econômico de integração entre os povos mediterrâneos. As terras próximas a costa do mediterrâneo, abrangendo a região do sul da Espanha, rodeando a Ásia e a África até o Marrocos possuem grandes áreas de plantações de oliveiras, ou mesmo vestígios arqueológicos da utilização dessas terras no comércio de óleo de oliva.
As oliveiras possuem características perfeitas para essa região de solos íngremes e pedregosos e como períodos de secas.
Com o crescimento do consumo de óleo de oliva pelas populações, seja na culinária, na iluminação, cosmética e produção de remédios, a exportação por meio de uma imensa rede de barcos, tornou-se um dos mais rentáveis produtos agrícolas, retornando aos países produtores valores consideráveis em divisas ou permuta por outros produtos.
No entanto, o crescimento do consumo conduziu a necessidade da ampliação das áreas de cultivo, desencadeando desmatamento e o desenvolvimento de uma monocultura agrícola comercial de intensa força comercial.
As matas nativas da costa mediterrânea eram compostas de bosques e plantações de cereais, tipificados por raízes fibrosas que mantinham as terras úmidas e coesas na superfície. As oliveiras possuem raízes longas que buscam água em camadas profundas, levam o solo a uma condição de aridez, impossibilitando o replantio de árvores e cereais.
Países como a Grécia, até hoje sofrem pelo desmatamento e monocultura, por outro lado, regiões da Espanha devem grande parte do crescimento comercial ao chamado “ouro verde”.