A beterraba, antes tratada como um vegetal excluído da gastronomia, tem ganhado seu espaço. Atualmente, é apreciada como prato principal em diversos restaurantes, considerados os melhores do mundo.
Originária da Europa, a beterraba é uma raiz tuberosa e pode ser encontrada em 3 tipos principais: a açucareira, usada para a produção de açúcar; a forrageira, usada para alimentação animal; e a vermelha, utilizada em nossa alimentação e, por isso, a mais conhecida no Brasil. Existem outros tipos de beterraba comestíveis, mas são pouco conhecidas e consequentemente produzidas no Brasil.
Engana-se quem ainda acha que a beterraba é uma boa fonte de ferro. Esta associação é feita pela coloração avermelhada ser semelhante a do sangue. Na verdade, ela contém apenas 0,8mg de ferro em 100g, quantidade muito baixa para ser considerada fonte. Sua cor vem de um pigmento chamado betacianina (parecida com a antocianina e com propriedade antioxidante) e o gosto de terra vem da geosmina, substância fabricada pela própria beterraba. Ainda é possível encontrar vitaminas do complexo B, A e C.
A utilização na cozinha pode ir além do suco, misturada com laranja, da salada combinando com a cenoura ou até mesmo da própria beterraba cozida. Ela pode ser assada ou preparada no vapor; pode ser utilizada em sobremesas, bolos, sopas e purês. Cravo da Índia, noz-moscada, limão, laranja, alho e cebola são alguns dos temperos que combinam com a beterraba.
Mas não é apenas a beterraba que pode ser consumida. Suas ramas, da mesma família da acelga, são comestíveis e muito saborosas, além de serem bons indicativos da qualidade do vegetal. O caule também é comestível e pode ser picado e refogado, garantindo maior maciez da preparação.
Para os amantes da beterraba, essa nova moda é um prato cheio!