O painel de especialistas da “The Food and Agriculture Organization” (FAO, 2002) e da “World Health Organization” (WHO, 2002) definiu os probióticos como “microrganismos vivos que ingeridos em quantidades suficientes promovem efeitos benéficos no hospedeiro”. Para exercer efeitos benéficos os probióticos devem ter especificidade e compatibilidade com o hospedeiro, interagir com outras espécies, reproduzir-se rapidamente e produzir substâncias anti-microbianas.
A importância da flora intestinal na saúde humana foi reconhecida pela primeira vez no século XIV, quando microbiologistas observaram diferenças entre a microflora intestinal de indivíduos sadios e doentes. Esses pesquisadores concluíram que várias doenças poderiam ser conseqüentes a alterações da microflora intestinal normal e propuseram que o restabelecimento do equilíbrio microbiológico poderia recuperar e prevenir a saúde do indivíduo.
O interesse na utilização dos probióticos com o objetivo de prevenir ou tratar doenças tem sido explorado há muitos anos. O termo probiótico se origina do grego “para a vida”. O primeiro microrganismo utilizado para esse fim foi o Lactobacillus bulgaricus descoberto por Metchnikoff em 1905. Fuller, há 2 décadas, definiu probiótico como suplemento alimentar a base de microrganismos vivos e com efeitos benéficos ao hospedeiro. Após essas descrições, foram identificados e avaliados vários outros microrganismos com extraordinário potencial terapêutico
Cepas mais utilizadas como probióticos
Lactobacillus | Bifidobacterium | Outros |
L. acidophilus | B. bifidum | Streptococcus thermophilus |
L. rhamnosus | B. longum | Escherichia coli |
L. gasseri | B. breve | Clostridium butyricum |
L. reuteri | B. infantis | Enterococcus faecalis |
L. bulgaricus | B. lactis | E. faecium |
L. plantarum | B. adolescentis | Fungos |
L. Johnsonii | Saccharomyces boulardii | |
L. casei | VSL#3 | |
L. lactis |
Heyman & Ménard, 2002
Achei muito bom..