Substâncias ergogênicas e o desempenho no exercício

Foto: Mario Trejo
Foto: Mario Trejo

O termo “agente ergogênico” abrange todo e qualquer mecanismo fisiológico, nutricional ou farmacológico que seja capaz de melhorar a performance nas atividades esportivas.

Os agentes ergogênicos fisiológicos incluem todos os mecanismos ou adaptação fisiológica de melhorar o desempenho físico, por exemplo, o próprio treinamento. Os agentes nutricionais caracterizam-se pelo consumo de nutrientes com grau de eficiência variável, como os suplementos nutricionais. Já os agentes farmacológicos, considerados os mais perigosos, como os esteroides anabólicos.

O auxílio ergogênico é fato presente desde a antigüidade, quando era baseado em superstição e atos ritualísticos. Atletas e soldados eram preparados com dietas constituídas de partes específicas de animais com o intuito de conferir agilidade, velocidade e força. O conhecimento fisiológico do organismo do atleta promoveu o aparecimento de substâncias químicas de diferentes origens e formas de ação, com o objetivo de aumentar a capacidade de força e resistência orgânica. Creatina, carnitina, bicarbonato de sódio, cafeína, ginseng, esteróides anabólicos, hormônio do crescimento, picolinato de cromo, ioimbina, bebidas hiperprotéicas etc. têm sido utilizadas, por vezes, de forma indiscriminada e sem orientação especializada. Entretanto, ainda há muitos questionamentos sobre o seu real valor na atividade física. O uso incorreto dessas substâncias é fato comum entre atletas e observa-se que quanto menor o conhecimento a respeito de efeitos benéficos e prejudiciais, maior é o uso pelo atleta ou praticamente de atividade física. O uso de substâncias como o hormônio do crescimento foi proibido pelo comitê olímpico internacional, mas continuam a ser utilizadas, especialmente em atividades esportivas cujo exame de detecção não é obrigatório.

Um dos maiores problemas é que ao mesmo tempo em que os atletas recorrem ao uso desses agentes, o indivíduo comum, praticante de atividade física, passa a acreditar que exercício só tem efeito se associado a algum recurso ergogênico. Enquanto que o treinamento associado a uma dieta balanceada torna-se cada vez mais desprezado.

A maior orientação do profissional de saúde e do atleta trarão modificações importantes na conduta e performance do atleta, com benefícios refletidos em seu resultado final na competição e no seu estado de saúde, bem como maior busca por conhecimento e orientação por parte dos praticantes de atividade física.

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