Água, como harmoniza-la com o vinho e a comida?

Na verdade, quando bebemos vinho, sejam eles tintos encorpados ou brancos suaves, devemos intercalar as taças de vinho com quantidades adequadas de água. No aspecto gastronômico, reduzem o paladar residual da comida recém digerida, realçam os sabores e aromas dos vinhos e facilitam a digestão. A ingestão de água, segundo tratados de medicina, reduz a concentração alcoólica do sangue e protege da embriagues, atenuando também os sintomas de ressaca do dia seguinte.
As águas podem ser classificadas nos quesitos: gaseificação, salinidade e mineralidade.
Variam o aroma, sabor e harmonização de acordo com a maior ou menor participação de cada quesito de classificação.
As águas mais leves, com pouca mineralidade e salinidade acompanham muito bem os pratos mais delicados e de sabor refinado.
As receitas elaboradas com molhos espessos ou com carnes vermelhas,  nas mais variadas preparações, harmonizam com águas minerais  com intensa salinidade  e moderadamente gaseificadas.
As massas e pizzas podem ser acompanhadas de águas com pouco gás e reduzidas em minerais e sal.

No quesito dos vinhos, a harmonização se mescla também com o tipo de alimento ingerido.
De forma geral, os vinhos ácidos combinam melhor com águas pouco gaseificadas ou mineralizadas, a gaseificação intensa pode intensificar a acidez do vinho, prejudicando seu sabor e paladar.
Os vinhos originários da uva Chardonnay, Merlot e Cabernet podem ser valorizados com águas de gaseificação e salinidade moderada.
A uva Pinot Noir, por outro lado, pede águas gaseificadas levemente e, dependendo do alimento, salinidade moderada.

As águas com intensa gaseificação, muito apreciadas no Brasil, e consumidas muito geladas, ocupam pouco espaço na harmonização com vinhos, mas agradam o paladar em climas quentes.
Por fim, as sensações de sabor, aroma e salinidade das águas, passam por individualização do paladar e preferencias subjetivas, o importante é utiliza-las sempre, pois  valorizam os pratos e complementam qualquer receita gastronômica.

Água mineral, Também pode ser nutriente? Saiba por que…

Nas revistas de banca ou mesmo nas especializadas, comumente observamos indicações de utilização de água como hidratante ou como coadjuvante ao tratamento clínico de diversas doenças.
No passado era comum a indicação de visitar as cidades chamadas de termais ou estações de águas para, por meio de um estilo de vida, que incluía muita ingestão de determinadas águas, curar ou melhorar sintomas de doenças crônicas.

A água é o principal hidratante e deve ser sempre utilizado, seja no dia a dia, na atividade física intensa ou moderada.

A seguir enumeramos os principais tipos de águas encontrados no mercado, divididos por tipos e indicações.
Nos cardápios, conhecendo essas características, poderemos melhor adaptar receitas, melhorando molhos e caldos. 

TIPO DE ÁGUA CARACTERÍDTICAS / COMPOSIÇÃO
Alcalino – Bicarbonatadas Possuem, no mínimo, 0,200g/l de Bicarbonato Sódio,
Indicação relativa:Digestivas e Diuréticas
Alcalino – Terrosas Possuem, no mínimo, 0,120g/l de Bicarbonato de Cálcio,
Indicação relativa:Digestivas e Diuréticas
Alcalino – Terrosas Cálcicas Apresentam 0,0048g/l de Cálcio
Indicação relativa:astenia, taquicardia
Alcalino – Terrosas Magnesianas Possuem, no mínimo, 0,030g/l de Magnésio
Indicação relativa:Laxativas
Oligominerais Possuem Lítio e/ou Fluor
Ferruginosas Possuem, no mínimo, 0,005g/l de Ferro
Indicação relativa: Anemia
Sulfatadas Possuem, no mínimo, 0,100g/l de Sulfato de Sódio, Potássio ou Magnésio
Indicação relativa: Laxativas
Sulfurosas Possuem, no mínimo, 0,001g/l de Enxofre
Indicação relativa: inalação de vias aéreas
Radioativas Fracamente radioativas, contém Radônio.
Indicação relativa: Analgesia e sedação
Carbogasosas I Naturais, formadas em solos com origem vulcânica
ou com material orgânico em decomposição. O
gás é retirado da água, tratado e reincorporado.
Carbogasosas II Artificiais, recebem gás alimentício, originário do Gás Carbônico
da atmosfera.

Fontes: Revista Saúde, 2007; Dra.Petra Sanches, 2007