Carboidratos, índice glicêmico e as desordens estéticas

Alimentos baixo índice glicêmicoDoenças crônicas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares têm causas multifatoriais. Parte deste conjunto de causas compreende os hábitos alimentares inadequados que, de diferentes formas, contribuem para a desregulação do nosso organismo.

A má alimentação também pode causar problemas estéticos, não tão graves como as doenças crônicas, mas muito incômodos por se tratarem do aparecimento de celulite, acne e envelhecimento da pele. O consumo excessivo de carboidratos simples é um dos fatores que está diretamente relacionado ao desenvolvimento dessas desordens estéticas.

Os alimentos com grande quantidade de carboidratos simples possuem alto índice glicêmico (IG), e têm como característica a rapidez na digestão e absorção, elevando a glicemia (concentração de glicose no sangue). Já os alimentos com baixo IG (carboidratos complexos) agem de forma contrária, elevando a produção de glicose gradualmente.

Dietas com alto índice glicêmico aumentam a massa de gordura corporal, além de alterarem a liberação de hormônios e elevarem a concentração de substâncias pró inflamatórias, resultando no aparecimento ou no agravamento do quadro de celulite (fibroedema geloide). Da mesma forma, este tipo de dieta está associado à acne e ao envelhecimento cutâneo, pois ela induz a produção de compostos que alteram a estrutura e formação da pele.

Ainda não há padronização para a prescrição de dietas com baixo IG, entretanto o que se conhece até agora pode ser utilizado como ferramenta complementar para a prevenção e controle de desordens estéticas. Cuidados dermatológicos associados a pratica de atividade física e alimentação saudável ainda é a melhor combinação para o tratamento estético, já que essas ações isoladas tendem a apresentar resultados menos significativos.

Celulite, sem mistérios ou lendas


A celulite é um dos maiores pesadelos das mulheres, que tentam, a todo o custo, acabar com a temida casca de laranja. Alguns estudos científicos e epidemiológicos revelam que cerca de 90% das mulheres adultas e em diferentes culturas têm celulite, e em grande parte, sem relação com obesidade.
Existem muitas causas relacionadas ao desenvolvimento dessas alterações de pele e de tecido sub cutâneo, nomeadamente fatores genéticos,  sedentarismo, uma má alimentação, problemas circulatórios, disfunções hormonais, o álcool, o tabaco, o vestuário apertado e o stress.
A celulite pode localizar-se em várias regiões do corpo, em especial nos glúteos, coxas, e abdómen.
Para um adequado controle da doença, não basta recorrer aos tratamentos estéticos e aos cremes, é essencial haver uma reeducação alimentar para que os resultado sejam os esperados. A estética e a nutrição são assim dois aliados de peso quando toca a resolver este problema.

Existem alimentos que ajudam a “ limpar”  o organismo, e que melhoram a circulação sanguínea bem assim como outros problemas que agravam a celulite.
No entanto, a validação científica desses alimentos é muito reduzida, o campo da especulação é o mais provável canal de todas as informações.

Temos por exemplo:
–  algas, que são uma fonte de iodo e que como tal equilibram o trabalho da tiroide, evitando desiquilíbrios hormonais;
–  arroz integral, que contém fibras e minerais que favorecem a digestão do açúcar e o funcionamento dos intestinos;
–  aveia, que reorganiza as fibras de sustentação da pele e previne a formação das depressões cutâneas;
–  azeite, com uma ação anti-inflamatória;
– os legumes verdes escuros, que melhoram a circulação e ajudam a desintoxicar o organismo;
– maçã, uma excelente fonte de pectina, uma fibra que neutraliza as toxinas presentes no organismo.
No quesito chás:
O chá de salsa e o chá verde promovem um aumento da diurese, talvez pela maior ingesta de líquidos do que por um efeito diurético específico.

Na verdade, a genética e o consumo aumentado de gorduras e carboidratos, em todos os trabalhos analisados, despontam como os grandes vilões desse  “ tempestuoso problema feminino”.