Existem muitas lendas sobre o azeite e a sua relação com as populações antigas que viviam ao redor do mediterrâneo.
Uma das mais curiosas reside na relação entre o azeite e a produção do sabão, item indispensável na assepsia corporal e limpeza dos ambientes, visto que, a eliminação dos resíduos e bactérias esta relacionada diretamente com a redução de doenças e mortalidade.
Nas margens do rio Tibre, importante local de passagem, comércio e convívio social na Roma antiga, lavadeiras de roupas posicionavam o trabalho abaixo do Monte Sapo, sede de um templo reservado aos sacrifícios de animais.
Após as cerimonias de sacrifício, as fogueiras eram utilizadas para a eliminação dos corpos dos animais. A mistura desses resíduos, por ação das águas das chuvas era escorrida em direção as margens do rio, proporcionando uma mistura de óleos vegetais, gordura animal e cinzas, que reagindo quimicamente, no processo de saponificação, proporcionava a base do sabão para lavagem das roupas.
Na atualidade, podemos encontrar os sabões de oliva em diversas cidades do mediterrâneo, o mais puro é de consistência entre o pastoso e o endurecido, coloração branca leitosa e com odor leve e característico.
O sabão de oliva com maior fama começou a ser produzido no século VII na região de Castela, hoje uma das províncias da Espanha, pela qualidade e produtividade, foi por muitos anos um dos mais importantes itens de exportação, os concorrentes, sabões do norte da Europa, utilizavam gordura animal ou de peixes, conferindo uma dureza extrema e odor forte.