Espumantes e Champagne, sofisticação no paladar

Há uma grande infinidade de vinhos ao redor do mundo, as variáveis mais importantes como clima, solo, insolação e tipos de uvas, se mesclam com os processos de vinicultura, criando tipos clássicos em cada pais, em cada região e em cada micro área das diversas regiões.
Os vinhos espumantes, representados pela realeza comercial e histórica dos Champagnes, podem ser encontrados em todo o mundo, perpetrados por bons produtos a disposição dos amantes desse tipo de bebida:
Denominações e origens mais comuns
Champagne – França
Cava – Espanha
Prosecco – Itália
Sekt – Alemanha

Champagne
A mescla clássica de uvas é a utilização da Pinot Noir com Chadonnay, as vezes pode-se utilizar também a uva Pinot Meunier.
A mistura de uvas passa por dois processos de fermentação, o clássico em tonéis e o final na própria garrafa.
Nesses processos são formadas as bolhas, de tamanhos variáveis de acordo com o tipo de uva e produção de gás carbônico e sedimentados os aromas e sabores
Os sabores predominantes lembram frutas, nozes e as vezes leves toques de manteiga, alguns especialistas ainda encontram sabores de biscoitos doces nos champagnes mais sofisticados.
Harmonizam com aperitivos, pratos leves e frutas, podem iniciar e finalizar uma refeição. São ideais em climas quentes e famosos por celebrizarem momentos de confraternização

Algumas dicas básicas e rápidas sobre uvas e vinhos

Os vinhos tintos são originários de vários tipos de uvas, cada região produtora utiliza uvas próprias, de acordo com o solo, insolação, quantidade de água etc… Na verdade, o processo de escolha de determinada uva, passa pelo aprendizado cotidiano de gerações, identificando na tentativa e erro a melhor escolha.
Lógico, que na atualidade, os processos industriais de produção de vinhos, já parte de um sem número de variáveis controladas, e a produção artesanal perde espaço para critérios científicos e comerciais muito mais fortes.
Vamos detalhar algumas características básicas das uvas relacionadas aos vinhos tintos:
Cabernet Sauvignon
É a uva mais conhecida internacionalmente, amplamente utilizada na região do Medoc (Região de Bordeaux), possui aromas marcantes e são ricas em tanino. Harmonizam com carnes vermelhas, cordeiros, cabritos e demais caças.
Merlot
Uva muito utilizada na região de Bordeaux, de forma independente ou combinada com a Cabernet Sauvignon, os vinhos produzidos com essas uvas possuem aromas de frutas vermelhas e especiarias, são mais delicados e podem harmonizar com aves e alguns peixes, como o Salmão e truta.
Pinot Noir
Uva da região de Borgonha, produz vinhos levemente adocicados, pouco agressivos, ligeiramente ácidos, de coloração rubi claro. Combinam com aves, peixes e massas.
Syrah
Uva rica em Tanino, produz vinhos encorpados e fortes, o aroma lembra especiarias. Pode ser bem harmonizado com carnes vermelhas em molhos espessos, embutidos e outros defumados, com queijos artesanais promove uma harmonização ideal, principalmente naqueles picantes ou de presença marcante.
Nebbiolo
Produz vinhos clássicos, bem estruturados, aromas frutados e florais, com o envelhecimento adquire aromas de alcatrão e trufas. Origem dos vinhos Barolo e Barbaresco.
Barbera
Rivaliza com a uva Nebiollo na origem geográfica, no entanto, produz vinhos tintos de médio corpo, menos estruturados e com taninos leves. Aromas de frutas vermelhas, especiarias e condimentos.
Sangiovese
Uma das uvas mais cultivadas da Itália, produz vinhos encorpados, levemente ácidos com aromas de cerejas ameixa e ervas secas. Origem dos vinhos Brunello e Chianti
Tempranillo
Uva muito utilizada na Espanha, produz vinhos encorpados, ricos em tanino e com aromas de framboesa e especiarias.
Malbec
Uva dominante na Argentina e em alguns países da América do Sul. Produz tintos de cor forte, levemente encorpados e com taninos intensos. Aromas variados, predominando frutas e condimentos.

Uvas relacionadas aos vinhos brancos:
Chardonnay
Produz vinhos frutados, leves e agradáveis. Harmonizam com saladas e legumes, peixes, frutos de mar e aves.
Sauvignon Blanc
Origina vinhos frutados de sabor intenso e geralmente secos, ideais para harmonização com pratos orientais e peixes de uma forma geral. Muito produzida na região de Bordeaux.
Riesling
Uva típica dos vinhos francesas das regiões do norte de da Alemanha. Os vinhos são de sabores e aromas cítricos, secos e muito frescos. Harmonizam com peixes, receitas condimentadas  e saladas.
Sémillon
Uva colhida de forma tardia, origina os vinhos adocicados, próprios para doces e na finalização das refeições. Podem ser harmonizados com foie gras, na forma de patês ou em grelhados variados, bem como queijos fortes e sobremesas.

O consumo de vinho tinto pode ser benéfico para obesos.

Através de um estudo realizado na Austrália, pode se observar que algumas doses de vinho tinto podem afastar em parte o risco de doenças cardiovasculares nos obesos.

Os médicos J. B. Dixon e sua equipe do Alfred Hospital, de Melbourne, descobriram que os obesos que consomem moderadamente vinho tinto reduzem o nível no sangue da proteína homocisteína.
Os altos níveis da proteína já foram relacionados a um aumento no risco de doença cardiovascular. Assim sendo, segundo a pesquisa, manter sob controle os níveis de homocisteína pode cortar ou pelo menos reduzir esse risco.
No estudo, os cientistas mediram os níveis de homocisteína no sangue de 350 homens e mulheres obesos e os questionaram sobre seus hábitos de consumo de álcool.

Segundo os pesquisadores, aqueles que disseram consumir vinho tinto apresentaram concentrações sangüíneas 17% mais baixas de homocisteína do que aqueles que não tomam bebidas alcoólicas e 13% menores do que os que consomem cerveja ou conhaque.
Os níveis ligeiramente mais baixos de homocisteína foram observados nas pessoas que consomem menos de 100 gramas de vinho por semana.

O consumo leve a moderado de vinho tinto por indivíduos obesos está associado a baixas concentrações de homocisteína e isso pode reduzir seus riscos cardiovasculares, concluem os pesquisadores australianos.

No entanto, vale ressaltar que muitos outros fatores podem ter interferido no estudo, tais como a concentração de flavonoides, o tipo de uva e o estilo de vida dos pacientes observados

Um brinde ao vinho, consumido moderadamente, lógico!!!

 Referencias Bibliográficas:

1- European Journal of Clinical Nutrition, 2002.
2. www.nutricaoclinica.com.br

Flavonóides, famosos e desconhecidos mas úteis na prevenção de doenças

A utilização de alimentos contendo flavonóides é uma constante nas orientações nutricionais de médicos e nutricionistas.
No entanto, a literatura científica e as revistas de generalidades focadas em alimentação saudável, fornecem poucas informações detalhadas sobre a quantidade de desse fitoquímico nos alimentos, bem como, as quantidades efetivas necessárias para uma proteção às doenças.
Na mídia o aconselhamento ao consumo de vinho tornou-se um dos assuntos mais frequentes e rotineiramente somos levados a aconselhar sobre esse consumo.

Veja abaixo uma tabela comparativa entre alguns alimentos para uma concentração fixa de flavonoides (em torno de 300 micro gramas)

Barra pequena de chocolate amargo (50g)
Seis maças médias com casca
Quatro xicaras e meia médias de chá verde
Dois copos grandes de suco de uva vermelha
Vinte e oito taças de vinho branco
Duas taças de vinho tinto

 Fonte: K. M., Jornal da Soc. Bras. de Cardiologia, Nov./Dez.; 2008
www.nutricaoclinica.com.br; acesso 20/10/2011

Uvas – Afinal, são saudáveis?

Um copo de suco de uva (150ml) no almoço e outro no jantar ou um cálice de vinho tinto ao dia, ajudam a prevenir a obstrução das artérias coronárias. Pesquisas revelaram que as substâncias químicas encontradas nas uvas ajudam a dilatar as artérias e consequentemente, podem reduzir a pressão sanguínea.

Do ponto de vista terapêutico, trata-se de um suco poderoso, podendo: fornecer energia, estimular as funções hepáticas, combater a acidez sanguínea, estimular o sistema digestório acelerando o metabolismo; e ainda pode ser utilizado em dietas de emagrecimento pois desintoxica o corpo de várias maneiras.

O suco desta poderosa e deliciosa fruta é rico em vitaminas, minerais e contém cerca de 20 antioxidantes, conferindo-lhe também sua eficácia no combate ao envelhecimento.

Os antioxidantes encontram-se nas sementes e cascas e quanto mais vibrante a cor, maior será seu poder de combate aos temíveis radicais livres produzidos em nosso corpo. Isto significa que as vermelhas e roxas são as mais poderosas.

O importante nesses trabalhos é a conscientização acerca do hábito nutricional saudável, visto que, o consumo de antioxidantes deve ser incorporado na alimentação diária e seus benefícios são evidentes no consumo a longo prazo.

                                                                          Anna Christina Castilho

Bourgogne – Vinhos, tipos e características gerais

A Bourgogne representa uma das mais importantes regiões vinículas da França. A linguagem popular relaciona de modo pitoresco a região de Bordeaux como a melhor produtora de vinhos e a Bourgogne com s melhor produtoras de garrafas com vinho.
A superfície de produção demarcada é de 27.288 hectares, representando quase 3% de toda a produção francesa, anualmente são colocados no mercado quase 203 milhões de garrafas.
Anualmente aproximadamente 203 milhões de garrafas são produzidas nessa região, atuando fortemente no mercado Frances e nas exportações desse país.
Mercado:
– 3% das vendas de vinhos franceses;
– 0,5% do mercado mundial;
– 50% das exportações de vinhos franceses;
– Faturamento anual de 1,1 bilhão de Euros
Existe uma diversidade de denominações, utilizadas tanto para ações comerciais, como para especificação de garantia de qualidade e caracterização de produtores:
– AOC (Appellation de Origine Controllée) / número aproximado de 100
– Climats ( Terroirs específicos de Premiers Crus / número aproximado de 635
– Grands Cru / número aproximado de 33
– AOC Communales / número aproximado de 44
– AOC Régionales / número aproximado de 23

A divisão por tipos segue o padrão de: 61% brancos, 31% tintos e 8% espumantes. Existe ainda uma classificação de acordo com as características mais sofisticadas:

Porcentagem representativa da produção Francesa / Classificação
– 1% / Grand Cru;
É a classificação máxima que um vinhedo pode receber, resultados de séculos de história e experiência no plantio e produção, alcança os maiores valores em lojas especializadas
– 11% / Premier Cru;
Engloba a produção de vinhos de alta qualidade, produzidos em safras delimitadas em vilarejos especiais, leva sempre o nome desse vilarejo no rótulo
– 36% / Appellations Communales;
Vinhos produzidos em regiões específicas, pode englobar só uma comunidade ou pequenas áreas adjacentes
– 52% / Appellations Régionales
Vinhos produzidos de forma aleatória em toda a região da Bourgogne

Fontes:
– Larrouse dos Vinhos, 2007
– 200 motivos para se apaixonar pela Bourgogne – World Wine, 2008