Quando o consumo exagerado de vegetais pode ser um perigo?

O consumo elevado de fibras (cereais integrais, hortaliças e frutas com casca) pode trazer graves deficiências, inclusive energéticas.
Inúmeros trabalhos científicos tornaram muito conhecido o poder de saciedade das fibras, fazendo com que o indivíduo fique satisfeito com uma quantidade menor de alimentos. Com isso, pode haver uma ingestão de alimentos inferior à necessidade, gerando emagrecimento excessivo, desânimo, fraqueza e apatia geral.
Existem muitas alterações no trato gastro intestinal, que são decorrentes de excesso  de fibras no cardápio diário. O consumo exagerado ou como único alimento, altera o esvaziamento gástrico, com aparecimento de diarreia, e fluxo intestinal acelerado, comprometendo o tempo de exposição dos alimentos às células intestinais e a absorção de minerais

A deficiência de ingesta de proteínas também pode ocorrer caso não seja feito um bom equilíbrio das fontes de proteínas vegetais. O consumo diário e ampliado com uma grande variedade de leguminosas (feijão de qualquer tipo, soja, ervilha, lentilha, grão de bico) junto aos cereais (milho, arroz, trigo etc) é essencial para que o organismo receba todos os aminoácidos necessários à síntese de proteínas pelo organismo.
Essa combinação é ainda mais importante quando não se usa nenhuma fonte proteica de origem animal (carne, ovo, leite ou derivados).
Dietas com amplo consumo de vegetais e muito restritivas e proteínas de origem animal, podem gerar graves deficiências proteicas no organismo, o que poderá ser percebido de várias formas, desde a simples queda de cabelos e unhas quebradiças até dificuldade de cicatrização de feridas e queda da resistência imunológica.

Várias pesquisas científicas têm demonstrado também a interação das fibras com a absorção de sais minerais, o que pode ser entendido em uma regra simples: uma certa quantidade de fibras na alimentação diária não só favorece o funcionamento dos intestinos como ajuda na absorção dos sais minerais, porém, quando a quantidade de fibras fica excessiva, o transito intestinal é acelerado, impedindo e retardando  a absorção de vários nutrientes.

Os alimentos de origem vegetal também apresentam, muitas vezes, substâncias de ação contrária à absorção de nutrientes, às quais chamamos de “fatores antinutricionais”. Exemplos desses fatores são o ácido fítico, os taninos e os oxalatos presentes nos farelos (parte fibrosa) dos cereais e nas cascas e folhas de certos vegetais.

Desta forma, a variedade de alimentos é uma boa alternativa na busca pela nutrição e alimentação saudável.

Os vilões do ganho de peso, segundo classificação de Havard


Estudo epidemiológico da universidade Havard publicado no The New England Journal of Medicine ranqueou os principais vilões do ganho de peso e que estão presentes no dia a dia da sociedade moderna.

A pesquisa foi feita com 120 mil homens e mulheres não obesas, em 13 anos. No período, eles ganharam em média 1,5 kg a cada quatro anos.

Classificação dos “vilões” em ganho  de peso /4 anos.

1- O maior vilão foi a “batata chips”, contribuindo com quase 800 gramas de ganho de peso.
Walter C. Willett, chefe do Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública de Harvard diz que a batata deve ser consumida ocasionalmente e em quantidades modestas.

2- O segundo vilão é a ” baked potato”  que aumenta o nível de açúcar no sangue e insulina mais rapidamente e a níveis mais altos do que açúcar puro na mesma quantidade de calorias
As batas fritas fazem o mesmo, com o adicional da gordura.
A batata foi responsável pelo ganho de 580 gramas

3- Em terceiro lugar, ficaram as bebidas adoçadas que contribuíram com o ganho de 460 gramas.
4- A carne vermelha é quarta maior vilã do peso, contribuindo para o aumento de 430 gramas.
5- As Carnes processadas, como salame e outros frios, promoveram o aumento de 420 gramas
6- A sexta posição é dos doces e sobremesas, que contribuíram com 230 gramas.
7- Na sétima posição, o álcool: um drink por dia aumenta o peso em 190 gramas.
8- Em oitava posição vem o cigarro. Quem acabou de parar de fumar pode ter o aumento de até 2,34 kg
9- Dormir menos de seis horas ou mais de oito também contribui para o ganho de peso
10- Cada hora na frente da TV por dia gera um aumento de 140 gramas em 4 anos

Fontes:
 www.uol.com.br, acesso em 22/01/2012
www.nutricaoclinica.com.br, acesso em 25/01/2012

As novas pirâmides dos alimentos estão mais realistas….

Os  fundamentos   da   “antiga”  Pirâmide  vêm  sendo duramente criticados. Uma das teorias origina-se de avaliações clínicas  de   uma   equipe   de   médica   liderada  por Walter Willett,  chefe  do  departamento   de   nutrição   da  Escola  de  Saúde Pública   da  Universidade  Harvard.   As discussões técnicas e científicas  das contestações estão apresentadas  em uma publicação chamada  “Coma,  Beba  e  Seja Saudável – O Guia da Alimentação Saudável da Escola de Medicina de Harvard”.

Na  base   da   Pirâmide  anterior está o grupo dos energéticos composto pelos  alimentos  ricos  em  carboidratos (arroz, macarrão, pães, batata, mandioca  etc),   no   andar   de   cima o grupo dos reguladores composto pelos  alimentos ricos  em  vitaminas  e  minerais (hortaliças e frutas), depois  o  grupo  dos  construtores  composto  pelos  alimentos  ricos em proteínas  (carnes,  ovos,  leite   e  derivados  e  leguminosas) e lá no topo   encontramos   os   açúcares  e  óleos  que  devem  ser  consumidos moderadamente.

 Na  nova  versão, a base da pirâmide é ocupada pelos exercícios físicos e o  controle   de   peso.  Depois vêm  os  cereais  integrais  e os óleos vegetais,  no  andar   de   cima   as   hortaliças  e  frutas,  depois as leguminosas e as frutas oleaginosas,  acima peixes, ovos e frango, depois leite  e  derivados,  e  para  a  surpresa  de  todos, os carboidratos que aparecem  na  base  da  pirâmide atual, na  nova  versão  estão  no  topo junto com  a carne vermelha e manteiga. Vitaminas e uma pequena dose de bebida alcoólica também são bem aceitos.

Segundo  Walter  Willett,  o  desenho  da  Pirâmide usada desde 1992, foi baseado   em    padrões   científicos   duvidosos   antes   de   1992   e contribui    para   a  obesidade,  a  saúde   deficiente e   mortes precoces   desnecessárias. 
A nova  versão  está  arraigada  no  fato  de  que alguns carboidratos são  quebrados   rapidamente   no intestino e se transformam em açúcar. A elevação do açúcar no sangue  pode  levar  a  compulsão  alimentar  e a   problemas  cardiovasculares.   Por essa  razão  os  carboidratos encontram-se  na  ponta da pirâmide.   Porém é importante  lembrar  que dificilmente  consumimos  apenas carboidratos (arroz  puro, por exemplo) e,  desta  forma,  sua  absorção  não  é tão rápida, evitando a elevação da glicemia.

 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.gastronomiabrasil.com.br/Nutricao_e_Saude/Novembro_2001.htm
http://www.sosdoutor.com.br/sosnutricao/alimentacao.htm
http://www.drauziovarella.com.br/entrevistas/obesidade_linneu9.asp
http://www.academiaaaf.hpg.ig.com.br/novapira.htm

Finalmente entendendo a piramide dos alimentos..

No século passado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, após várias pesquisas, desenvolveu  e  publicou  a  Pirâmide dos Alimentos.
Vários indicadores educacionais mostravam que o desenvolvimento de uma pirâmide alimentar auxiliaria de forma  correta  o  ser  humano a se alimentar, promovendo uma qualidade de vida melhor.
A  principal característica da Pirâmide Alimentar é a flexibilidade. O uso da Pirâmide está  baseado   em   três   palavras:   equilíbrio, variedade   e  moderação.
Ela  é  apenas um exemplo do que você consome  todos os dias, não é uma  prescrição  rígida,  mas  um  guia  geral que o faz escolher uma dieta saudável e, nesse sentido perde a aura de censora e adquire a característica de orientadora.

Segundo  a  FAO/OMS   (Departamento   de   Agricultura   dos   EUA  / Organização  Mundial   da   Saúde),  um  cardápio balanceado deve conter, diariamente,  cerca de  50  a 60% de carboidratos, 20 a 30% de lipídeos e 10  a  15%  de proteína, além  das  vitaminas,  sais  minerais  e fibras.

Para garantirmos que todos esses  nutrientes  estejam  presentes na dieta diária,  a  FDA (Food and Drug Administration  –  órgão  do  governo  dos EUA  que  controla a produção e comercialização de remédios e alimentos), preconiza o consumo das seguintes porções diárias de alimentos que compõem a Pirâmide Alimentar:

(1) Grupo dos Pães, Cereais, Arroz e Massas: 6 – 11 porções por dia

(2) Grupo dos vegetais: 3 – 5 porções por dia
(2) Grupo das frutas: 2 – 4 porções por dia

(3) Grupo dos laticínios: 2 – 3 porções por dia
(3) Grupo das carnes, ovos e leguminosas: 2 – 3 porções por dia

(4) Grupo das gorduras, óleos e açúcares: uso esporádico

A  pirâmide  alimentar    separa    os   alimentos   em  energéticos,  reguladores,  construtores   e  energéticos extras. Esses alimentos devem ser  consumidos  em ordem  decrescente,  ou  seja,  devemos  consumir  em maior   quantidade  os  energéticos (1),  seguidos  dos  reguladores (2), dos  construtores  (3) e por último os energéticos extras (4), de consumo limitado.
Dentro do espectro de ações contras doenças cardiovasculares e a obesidade, desde  1992 foi  desenvolvida  uma  nova  versão  da Pirâmide Alimentar  sem  tanto  carboidrato, ou seja com menor sugestão de consumo dos carboidratos (Pães, Cereais, Arroz  e  Massas) que representavam a base da pirâmide alimentar.
Agora  eles estão presentes no topo da mesma,  devendo  ser  consumidos  com moderação, em pequena quantidade!!!

Zinco e Selênio, corrigindo a falta na mesa dos brasileiros

Existe uma deficiência normal de zinco e selênio na alimentação típica dos brasileiros, devido a deficiências desses minerais em boa parte do solo do país; em função disso, os nossos alimentos são, em geral, pobres em zinco e selênio.
Paralelamente, as castanhas brasileiras, como a castanha do Pará, são ricas nesses minerais, principalmente em selênio. Por isso, acrescentar castanhas nas dietas gerais e, principalmente nas vegetarianas, é um bom investimento para ajudar a evitar algumas deficiências na imunidade e nas ações celulares.
As maiores fontes desses nutrientes, pensando em adaptar cardápios, são as vísceras animais (fígado, moela, rins..) e frutos do mar.

Alho na gastronomia e na nutrição, onde moram os fatos?

Estudos científicos sobre o alho identificaram a presença de vários compostos terapêuticos que podem ter alguma ação no tratamento de parasitoses, desconfortos gastrintestinais, dislipidemias, alguns tipos de câncer  e na doença hipertensiva, cardiovascular

No alho, foram identificadas cerca de 30 substâncias com potencial efeito terapêutico. O seu bulbo possui grande concentração de óleo volátil destacando-se na sua composição química dissulfeto de dietila, dissulfeto de alilproprila, dissulfeto de dialila, trissulfeto de alila, polissulfeto de dialila, S-alil cisteína, S-alilmercaptocisteína,entre outros constituintes.
Em avaliações químicas dos bulbos foram isoladas do extrato metanólico várias substâncias, também derivadas da aliicina, dentre elas: 2-vinil-4H-1,3-ditiino, 3-vinil-4H-1,2-diitino e ajoeno.

Os compostos sulfurados, presentes no alho estão em quantidades três vezes superiores aos de outros vegetais também ricos nestes compostos, como a cebola e o brócolis.
No entanto, o tipo e a concentração dos compostos extraídos do alho dependem do seu estágio de maturação, práticas de cultivo, localização na planta, hidratação do solo, insolação, condições de processamento, armazenamento e manipulação.

Um importante composto nitrogenado presente no alho é a aliitiamina com atividade vitamínica B1. Na parte folhosa e no bulbo, são identificados inúmeros minerais, como Magnésio, Selênio e Fosforo.

Além destes compostos, apresentam também na sua constituição química os favonoides, adenosina, pectinas, saponinas esteroides e muitos compostos fenólicos.

Composição química do alho (cada 100g)

Componente Quantidade
Carboidratos 29,30
Proteínas                           5,30g
Lipídios 0,20g
Fibras 1,66g
Potássio 400,00mg
Vitamina B1 0,20mg
Vitamina B6 3,33mg
Vitamina C 31,10mg
Ácido Fólico 3,10mg
Cálcio 181,00mg
Fósforo 150,00mg
Ferro 1,70mg
Cobre 0,26mg
Zinco 8,83mg
Selênio 24,90mg

Fonte: Menezes Sobrinho, 1997
Não existe consenso sobre quantidades necessárias de consumo para efetivar uma ação funcional definida.
O Ministério da Saúde do Canadá bem como a Comissão E da Agência Federal Alemã de Saúde sugerem que a ingestão de 4g de alho cru ou 8mg de óleo volátil são suficientes para a prevenção de fatores de risco cardiovascular, enquanto que a American Dietetic Association indica o consumo de 600-900mg de alho/dia. Essas quantidades equivalem ao peso médio aproximado de 1 dente de alho crú.

Enquanto isso vamos criando receitas saudáveis e incrementadas com alho, na mais variadas formas.

 

 

Alho e cebola como medicamentos!!!

Relatos sobre o uso do alho e da cebola são bem antigos. Suas primeiras referências foram citadas em quadros de barro da Suméria, datados de 2600- 2100 A.C., sendo utilizados como alimentos, temperos e para o tratamento de algumas doenças. Os antigos egípcios registraram no papiro de Ebers (aproximadamente1550 A.C.) mais de 800 fórmulas terapêuticas baseadas nestes vegetais, sendo que destas, vinte e duas mencionavam o uso para o tratamento de problemas do coração.
Na verdade, todo as formulas nutricionais relacionadas à cura de doenças, esbarram na validação científica.
Certamente os nutrientes dos alimentos, principalmente os fitoquimicos, possuem ações de prevenção das doenças, no entanto, não devemos confundir alimentos adequados com terapia específica de doenças já estabelecidas.

 

Cálcio e Ferro, existe alguma solução para os vegetarianos?

Sabemos que dentro das variáveis de dietas tipo vegetarianas, quando se permite o uso de leite e derivados, além de ovos, dificilmente o indivíduo apresentará deficiência de proteínas e cálcio, uma vez que o leite sozinho, como principal fonte proteica em uma dieta à base de cereais e hortaliças, é capaz de fornecer todos os aminoácidos essenciais que faltam nos cereais e a quantidade de cálcio necessária a qualquer indivíduo
Embasados em pesquisas de composição dos alimentos relacionando as necessidades de um indivíduo normal, sabemos que cerca de 600 / 700 ml de leite de vaca ao dia supre quase toda a cota de cálcio de uma pessoa adulta.
É importante lembrar que o cálcio presente no leite é um dos mais bem aproveitados pelo organismo humano, em vista de inúmeros mecanismos de absorção intestinal, ao contrário do cálcio presente em vegetais.

Contudo, mesmo com o uso do leite ou seus derivados diariamente, a necessidade de ferro normalmente não é suprida com uma alimentação sem carnes. Para os vegetarianos aconselha-se, além do uso diário dos cereais integrais, aumentar o consumo de leguminosas, ingerir nozes, sementes e frutas secas, usar melado ou açúcar mascavo como adoçante e ingerir mais fontes de vitamina C junto às refeições principais.
Para mulheres grávidas ou nutrizes e, principalmente para crianças e adolescentes, é importante se fazer a suplementação desse mineral, evitando-se o desenvolvimento de anemia ferropriva

Vitamina B12, a deficiência perigosa para os vegetarianos

Um nutriente muito importante que normalmente é deficiente na alimentação exclusivamente vegetariana é a vitamina B12.
Esta vitamina está disponível apenas em alimentos de origem animal, uma vez que no processo de lavagem das folhas verdes com água perde-se praticamente toda a B12.
A vitamina B12 é essencial para a regeneração e multiplicação celular, sendo fundamental para o crescimento e formação de músculos.
Sua deficiência pode não ser é percebida de imediato, sendo que indivíduos adultos podem levar até vinte anos para apresentar sintomas da falta de B12 no organismo. Existe uma produção dessa vitamina pelas ações metabólicas das bactérias intestinais, no entanto, em ritmo inferior às necessidades diárias.
 Para crianças e adolescentes que fazem dietas exclusivamente vegetarianas, é conveniente a administração de suplementos de B12, em forma de capsulas, para evitar comprometimentos ao crescimento.

 

Quais os benefícios em consumir ovos?

Na verdade, sempre temos essa duvida…
Na época das cavernas a justificativa era mais fácil: conservação sem dificuldades, nutritivo, gostoso etc…
Vamos rever um pouco do que diz a literatura:
Controle de peso: Proteínas de alta qualidade dos ovos contribuem para a sensação de saciedade prolongada e para manter a energia do organismo.

Manutenção da força muscular e redução da perda de massa muscular: Pesquisas indicam que proteínas de alta qualidade produzem força muscular e ajudam a prevenir a perda de massa muscular em pessoas idosas.

Gestação saudável: A gema do ovo é excelente fonte de colina, um nutriente essencial que contribui para o desenvolvimento do sistema nervoso central do feto, importante para a prevenção de anomalias fetais. Dois ovos provêem cerca de 250 miligramas de colina, ou seja, metade das necessidades diárias para uma mulher gestante ou amamentando.

Função cerebral: Colina também é muito importante para a função cerebral em adultos, mantendo a estrutura das membranas celulares. É componente chave para a neuro-transmissão, que é responsável por transmitir as “mensagens” do cérebro através dos nervos para os músculos.

Saúde da visão: Luteina e Zeaxantina, dois anti-oxidantes encontrados no ovo, ajudam a prevenir a degeneração macular, que é a causa principal da cegueira dos idosos.

Apesar de possuir quantidade pequena dos dois nutrientes, pesquisas demonstram que a luteina dos ovos é mais biodisponível que a luteina de outros alimentos.
O valor nutritivo do ovo não se altera com o cozimento, porque suas proteínas, quando exposta ao calor, em vez de se dispersarem, se coagulam.

Autora: Nutricionista Joyce Vitor da Silva / CRN- 28213

Referencias :
http://www.eggnutritioncenter.org/docs/Nutrient%20Content%20of%201%20Large%20Egg%202010.pdf
http://www.incredibleegg.org/health-and-nutrition/egg-nutrients
http://www.ovosbrasil.com.br/oquehanoovo.php
http://www.alanrevista.org/ediciones/2006-4/pdf/ovo.pdf
http://www.incredibleegg.org/egg-facts
http://www.eatwell.gov.uk/healthissues/healthyheart/cholesterol/#elem234961
http://rdigital.univille.rct-sc.br/index.php/RSA/article/viewFile/183/188
http://www.nhs.uk/Livewell/Healthyhearts/Pages/Cholesterol.aspx#elem234961