A verdadeira Bruschetta é “Al Pomodoro”

italian-bruschetta-food-isolated-white-6679253O tradicional prato, sempre servido como entrada, nas diferentes regiões da Itália, requer cuidados no preparo, mas permite diversas adaptações aos paladares ou aos ingredientes disponíveis.

De início a palavra bruschetta deriva de bruscato, pão torrado. Na verdade, a fatia de pão deve ser levemente “marcado na grelha”.  Inicialmente o pão ainda quente é temperado com sal, recebendo por cima um fio de azeite.

As regiões, nas quais a popularização da bruschetta domina os cardápios, como o Lazio, Abruzzo, Toscana e Umbria, as receitas variam de acordo com as disponibilidades dos produtos regionais e da criatividade dos cozinheiros, mas certamente, o tomate, azeite, alho, sal e manjericão formam o esquadrão de frente de qualquer cardápio.

No preparo, o tomate sem pele, deve ser  cortado em pequenos cubos, na sequencia temperado com azeite e sal. O alho, componente importante do sabor, deve ser esfregado sobre cada fatia do pão, de forma vigorosa para deixar um gosto residual característico.

O pão coberto pelos cubos de tomate, distribuídos uniformemente e novamente cobertos por um fio de azeite deve ser levado ao forno previamente aquecido. O ponto final do preparo é caracterizado pelo início da mudança de cor das bordas, como que ficando com aspecto de torradas!

Nesse momento devem ser retirados do forno, receber folhas de manjericão sobre a cobertura e servidas ainda quentes.

Queijo de cabra, dieta mediterrânea e caatinga

cabra

A carne de caprinos, muito utilizada ao redor do mundo e um importante componente da dieta mediterrânea, não possui no Brasil um alto consumo.

Na verdade, grande parte da carne caprina consumida no Brasil é importada de países vizinhos, como Argentina e Uruguai.
O caprino, como gado de corte e leiteiro chegou ao Brasil há mais de 300 anos, foi introduzido nas regiões da caatinga em virtude da sua baixa necessidade de pastos especiais e do seu fácil manejo pecuário, é uma cultura extensiva por natureza.

O leite de cabra  possui grande quantidade de minerais, como Cálcio, Magnésio e Fosforo, e a sua carne, em comparação com cortes bovinos, possui menor quantidade de gordura saturada. A marmorização da carne, viés de qualidade nas carnes mais sofisticadas, é devida, em grande parte ao estabulamento e baixa atividade física dos animais, lógico que a genética e a raça também interferem nessa qualidade. No entanto, o caprino e um animal andarilho, invertendo a “ engorda” e a marmorização das carne.

A preparação gastronômica pede o cozimento em molhos ou ao assado especial, depois de marinado em receitas “secretas” dos admiradores. As tabelas de composição nutricional colocam, por 100 gramas de carne assada, somente 2,3 gramas de gordura, certamente muito reduzida se comparada a do frango (3,8g/100g), bovina (17,1/100g e suína (26,1/100g).

Então, vamos criar cabras e receitas especiais?

Princípios básicos de um queijo

17469O leite pode ser de vaca, ovelha, cabra, rena, égua ou outro animal, sim, o homem através da historia já fez e faz queijos de inúmeros animais, mas o que interessa é a qualidade de ordenha, preparo e maturação para se atingir o queijo ideal.
De forma ideal, depois de ordenhado ele deve ser pasteurizado a 75 graus Celcius por pelo menos 15 minutos, alguns queijos famosos, outros nem tanto, podem ser preparados a partir de leite cru.
Após o processo de pasteurização, é aquecido por algum tempo para que atinja o nível adequado de acidez, variado de acordo com o tipo e com a receita de queijeiro.

O segundo processo, importante e dependente de receitas secretas, é incorporar ao leite ácido, quantidades especiais de coalhos, bactérias lácticas que convertem a lactose em ácido láctico, moldando o sabor, aroma e textura do produto.

O material resultante, chamado de coalhada, é separado do soro. Nessa separação será definida a consistência e demais características do queijo. A mescla entre coalhada e soro, dependendo de cada receita, é moldada em diferentes tamanhos e formatos
Na sequencia, o queijo moldado é borrifado com sal ou imerso em uma salmoura por algum tempo e depois conduzido a ambientes frios para maturação, que pode durar de dias a meses.

E ai….vamos devora-lo!!!!

Dietas para emagrecer sempre existiram

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A dieta para controlar o peso sempre existiu na historia da humanidade.

Os relatos atingem Hipócrates (460 -370 AC) que recomendava uma refeição diária, com excesso de gordura, ingesta aumentada de liquidos, preferencialmente vinho diluído, longas caminhadas e sono em camas duras e incomodas, recomendava também a prática do vomito após as refeições.

O médico muçulmano, Avicena (980 -1037) indicava alimentos pesados (“de difícil digestão”), indicava também, que todas as refeições deviam se seguir de vômitos e do uso de laxantes.

Alimentos para reduzir o apetite foram tentados desde o século XVII, existem relatos do uso de ervilha da charneca (Lathyrus linifolius) como perfeito inibidor do apetite.

A utilização de Oxigênio inalável, foi amplamente utilizada por Thomas Beddoes (1760 -1808), tentando “queimar” as calorias ingeridas.

O famoso médico francês, Jean-Anthelme-Brillat-Savarin 1755-1826), no seu livro “ Fisiologia do gosto ou meditações sobre gastronomia transcendental”, receitava dietas ricas em proteínas e pobres em açucares.

Na atualidade as dietas são múltiplas e variadas, de acordo com a moda e com o perfil do paciente.
No entanto, nada supera a restrição calórica, dentro de uma dieta balanceada, e a atividade física associada com aumento do gato energético

Fonte:
Louise Foscroft; A tirania das dietas, ed. Três estrelas, 2013

Presunto cru italiano, o famoso Prociutto Crudo

imagesNa Itália, os dois presuntos mais famosos são o De Parma e o San Danielle, a diferenciação reside no tempo de salga / salmoura, tamanho do pernil, no tempo de maturação a temperaturas frias em ambiente controlado. O San Danielle possui um tamanho maior, menos tempo de salmoura, oferecendo, dessa forma, um sabor mais adocicado e textura mais leve.
De forma diferente ao jamón ibérico, os animais são alimentados com exclusividade de ração á base de cevada, milho e frutas, bem como, permanecem estabulados.

Nos presuntos italianos, a salmoura e tempo de secagem diferenciam a qualidade do produto final. O próprio nome, Prosciutto, deriva de Prosciugare, que significa secar.

Entendendo o Jamom Ibérico

downloadA maior diferença entre os presuntos, ou com maior propriedade,  jamón ibérico, esta no processo de alimentação dos animais.

No entanto, tudo começa na raça dos animais. Na Espanha praticamente existem dois tipos de suínos dedicados a produção do presunto / jamón.
O jamón serrano é obtido a partir do porco branco, produzido em serras, e tido como  de qualidade básica e inferior.
Já o jamon ibérico provem de porcos originários de uma mistura entre o javali  europeu com o javali mediterrâneo. Os animais que produzem o jamon ibérico possuem uma pele escura e cascos negros, recebendo o nome de “pata negra”.

Essa raça de porcos possuem características genéticas que  o diferenciam, desde o formato corpóreo até os hábitos alimentares e características de criação.
Esses animais acumulam, sob a pela,  gordura insaturada que, ao longo da criação vai de infiltrando entre seus músculos. A gordura do porco ibérico contem, 55% de ácido oleico e os seus produtos curados contém até 70% de ácidos graxos insaturados.

A alimentação é o principal diferencial comercial, nutricional e de marketing entre os diferentes tipos de jamóns ibéricos.
A famosas bellotas, alimento básico dos porcos, são originárias das azinheiras, uma espécie de castanheira, que estão disseminadas nos campos espanhóis, a utilização exclusiva ou misturada com ração, define a qualidade do jamón ibérico.

 Montanera:
O porco é criado solto, em meio as azinheiras. Com a alimentação quase que exclusivamente baseada nessas bellotas.
Recebo:
Nesse tipo de porco, existe uma mescla entre o consumo de bellotas e ração básica, nesses casos, o pasto é insuficiente ou a quantidade de bellotas esta abaixo da necessidade do rebanho.
Pienso:
Alimentação baseada em ração, com o porco criado estabulado, é considerado de qualidade inferior aos demais.

Outras características serão definidas pela salmoura, na qual o pernil e deixado por alguns dias, no processo de lavagem pós salmoura e no tempo de conserva  em temperaturas, umidade e ventilação variáveis.

Presunto Crú, Jamon, Prosciuto Crudo, não é tudo a mesma coisa…

downloadA produção do presunto crú, pata começar a facilitar o entendimento, é iniciada entre os meses de Dezembro e Janeiro, e isso se renova há milhares de anos.
Existe um provérbio francês “dans le cochon, tout est bom” : do porco tudo se aproveita, e essa afirmação é mesmo uma verdade, vejam a infinidade de produtos que existem no mercado aproveitando todas as partes do animal mais parecido com o home, vejam as válvulas cardíacas, por exemplo.

A grande diferença entre os tipos e nacionalidades do presunto crú esta no tempo de salgamento e na alimentação dos animais. Enquanto uns pastam livremente e caminham a vontade, outros comem as famosas belotas (tipo de castanha) e vivem confinados em pequenas áreas.
Ao final, teremos um produto durável, as vezes saudável, quando rico em Omega 3 e reduzido em Sódio , mas certamente adaptável a inúmeros pratos e receitas mediterrâneas.

Gorduras são necessárias em tortas, mas qual a melhor?

torta-de-frango-economica-13A medicina e a nutrição caminharam em paralelo descobrindo os segredos das doenças e relacionando-os a alimentação ao estilo de vida e aos inúmeros nutrientes presentes nas dietas ao redor do mundo. Nesse sentido a gordura saturada, presente nos ingredientes de quase todas as receitas foi e é considerada a grande vilã.
Há muitos anos, utilizar gordura animal, a famosa banha era condição primária e irrefutável para qualquer dona de casa ou confeiteiro.
Na historia da gastronomia, a manteiga sempre reinou soberana, e impossível descrever qualquer receita francesa sem a adição de generosas porções de manteiga.
Qual seria então a gordura mais indicada pelos experts em alimentação e prazer, os chefs de cozinha ao redor do mundo?
O ideal, resultado de pesquisas em sabor, consistência, aroma e facilidade de manuseios seria aquela que tivesse o sabor da manteiga, a umidade do toucinho e a flexibilidade da gordura vegetal (trans).
E, dessa forma, vamos continuar na luta pela nutrição saudável.

 

Panelas, no material, no tipo e na utilidade

ID-100173964Basicamente as panelas podem ser feitas de aço inoxidável, alumínio, barro, Ferro, Cobre e ferro esmaltado, em cada material existe uma característica que o distingue.
Aço inoxidável:
Como transmissor do calor, não é dos melhores. No entanto, é inócuo a saúde, não transfere nenhum componente à comida.
Ferro:
Bom transmissor de calor, foi muito usada no passado como modo de suplementar Ferro, que é transferido aos alimentos em pequenas doses. Como inconveniente, pode enferrujar, para isso, deve ser untada com óleo após a utilização.
Ferro esmaltado
Possui as vantagens do Ferro, na transmissão do calor, não enferruja e não transfere o Ferro aos alimentos, geralmente é um bom item de decoração.
Cobre
Muito utilizado no preparo de doces, possui alto poder de transmissão do calor.
Barro
O material de confecção deve ser validado por critérios de qualidade na origem do Barro e na finalização da panela, devendo ser “queimada” de modo adequado em fornos especiais. E a panela ideal para preparo de pratos de cozimento demorado.
Alumínio
e o material mais popular e com maior perigo de contaminação por transmissão dos componentes. Na atualidade vários estudos provaram a liberação do Alumínio aos alimentos. A tradição de arear as panelas pode piorar a liberação do Alumínio.
Antiaderente
Devido à praticidade na cozinha, cada vez mais é utilizada em todos os tipos de panelas e frigideiras. Existe a possibilidade de transmissão de elementos tóxicos aos alimentos, principalmente em fundos arranhados pela limpeza inadequada.