Café no vício e na cura de doenças

O consumo muito grande de cafeína pode causar o cafeinismo, um complexo de ansiedade, irritabilidade e depressão e um aumento do nível de vários hormônios no sangue associados ao estresse (instabilidade emocional). As adaptações celulares ocorrem com o uso crônico, causando tolerância aos efeitos que a cafeína produz. Uma retirada suave pode provocar letargia, irritabilidade e dores de cabeça, em um indivíduo com ingestão prolongada de 600 miligramas (6 xícaras de café) ou mais por dia.

Uma conseqüência negativa do consumo excessivo de produtos à base de cafeína diz respeito à interação dessa substância com a absorção de importantes nutrientes, principalmente o ferro. Estudos mostram que 1 xícara de café (100 ml) é capaz de reduzir a absorção (ou aproveitamento pelo organismo) do ferro em 30%. Assim sendo, o consumo de produtos que contenham cafeína, como o guaraná em pó ou o café, quando utilizados, devem ser ingeridos em horários diferenciados dos horários das principais refeições.

Outras conseqüências negativas do consumo dessa substância são o aumento da freqüência cardíaca (taquicardia) e o estímulo da secreção do ácido clorídrico no estômago (o que aumenta o risco de úlceras). Esses efeitos estão associados a um consumo elevado (acima de 250 mg de cafeína ao dia), mas também pode variar de acordo com a sensibilidade de cada indivíduo

Novos estudos têm associado a cafeína ao tratamento de algumas doenças, mostrando já haver algum efeito positivo na prevenção do Mal de Parkinson. Também tem sido útil no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção. Outros estudos mostram haver efeito positivo da cafeína na prevenção de câncer de pulmão entre os fumantes.

O consumo freqüente pode provocar dependência moderada e a interrupção brusca no consumo dessa substância pode causar dores de cabeça, sonolência, irritabilidade, náuseas e vômitos.

O Conselho da Associação Médica dos EUA em Assuntos Científicos (American Medical Association on Scientific Affairs) recomenda consumo moderado de cafeína (até 250 mg de cafeína ao dia). É uma substância incluída nos regulamentos de dopping de todas as federações esportivas (doses de 12 mcg/ml já podem ser consideradas dopping, o

O café pode fazer parte de uma alimentação saudável e apetitosa.

Nesse aspecto, o processo criativo das receitas precisa entender cuidadosamente as características nutricionais desse ingrediente.

Abaixo colocamos a composição nutricional de café coado de forma tradicional.
Com esses dados poderemos ressaltar sabores amargos dos nossos cardápios, incrementar aromas e manipular os demais ingredientes na forma de mescla de cores e consistências.

O café pode ser incorporado em receitas de doces e sobremesas, essa é a maior contribuição desse alimento e, sem dúvida a mais usual. No entanto, na literatura gastronômica encontramos diversas receitas salgadas, nas quais, preparados de café, pó de café ou xaropes de café são utilizados no tempero, finalização ou decoração dos pratos.

Informação Nutricional Xícara / 50 ml
 Valor calórico  12,05 cal
Proteínas 0,77g
Gorduras 0,81g
Gorduras Saturadas 0,37g
Colesterol 0,00
Carboidratos 0,42g
Fibra Alimentar 2,72g
Cálcio 5,20 mmol
Ferro 0,18 mmol
Sódio 0,71 mmol

Fonte; www.cafeituano.com.br ; 2003

Cafeína pode curar?

O corpo humano não necessita de cafeína, embora o seu consumo moderado não esteja associado a nenhum risco à saúde, exceto em algumas situações especiais.

Mulheres grávidas, pessoas com problemas cardíacos ou portadores de úlceras e gastrites, devem reduzir o consumo ou mesmo suprimi-lo.

A cafeína não produz uma verdadeira euforia, mas causa dependência psicológica, aumenta a vivacidade, a performance mental e a motora, especialmente nos fadigados. Estes sintomas, junto com alguns dos efeitos de doses altas – por exemplo, agitação e até convulsões – acontecem principalmente pelo bloqueio dos receptores celulares.
A quantidade de cafeína em 2 ou 3 xícaras de café bloqueia, em média, 50% dos receptores celulares de adenosina, configurando uma ação metabólica importante

Entre os efeitos conhecidos da cafeína estão a estimulação do coração (aumento do ritmo e frequência cardíaca) e a diurese (aumento do volume de urina).
A dilatação das vias respiratórias é um efeito menos conhecido que ocorre com um grau ainda mais elevado de teofilina, usado no tratamento da asma.

 

Café, quanto tem de cafeína? E as outras bebidas?

O café pode ser consumido de diversas formas e estar presente em muitas formulações de alimentos comumente utilizadas no dia a dia.
Veja abaixo uma tabela simplificada e útil com a quantidade de cafeína no café e em bebidas comumente consumidas pela população.
Na criação de receitas poderemos adequar a quantidade de cafeína, seja para restringir alimentos que possam causar distúrbios como gastrites, colites ou arritimias ou para aumentar a taxa metabólica.

 Quantidade por volume equivalente a duas xicaras)

  Café expresso                 250 -330mg
Café descafeinado               1 a 5mg
Café tradicional                  40 a 80mg
Café solúvel                       30 a 120mg
Chá preparado                   20 a 110mg
Chá instantâneo                 25 a 50 mg
Chocolate                             2 a 20 mg
Coca-cola                               45 mg
Diet Coke                               45 mg
Pepsi-cola                              40mg
Refrigerantes diversos        2 a 20mg
   

 

Café, algumas notícias e dicas…

Café, algumas notícias e dicas, nesse e nos proximos posts, não perca!!!!

O cafeeiro é originário da Etiópia, tendo chegado à Arábia no século XIII e à Turquia no século XVI. Mas é somente com sua chegada à Itália, no princípio do século XVII, que houve o aparecimento de casas de café por toda Europa, servindo de local de encontro e debates.
No século XVIII começam a aprecer as plantações de café no Brasi, configurando o século XIX e XX como a fase de maior apogeu do agronegócio relacionado relacionado ao café nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A cafeína, principal componente do café, pertence ao grupo de compostos químicos chamados metil-xantinas, presentes em uma grande quantidade de alimentos (cerca de 60 espécies de plantas no mundo contêm esses compostos) como café, guaraná, cola, cacau ou chocolate, chás e também nos remédios do tipo analgésico, medicamentos contra a gripe e inibidores de apetite.
As xantinas são substâncias capazes de estimular o sistema nervoso, produzindo um estado de alerta de curta duração.

O café foi inicialmente usado para ajudar a manter as pessoas acordadas nas noites frias, durante longos eventos religiosos e hoje é o estimulante legal mais usado no mundo.
A cafeína é mais comumente associada ao café e às bebidas à base de cola que contém cafeína e flavorizantes extraídos de fontes naturais (grãos de café e nozes de cola, respectivamente). O chá contém quantidade significativa de cafeína e teofilina, enquanto que o chocolate (cacau) contém quantidades relativamente baixas de cafeína e teobromina. Teofilina e teobromina são parentes químicos da cafeína..

A absorção da cafeína no organismo é muito rápida, assim como a sua distribuição, passando rapidamente para o sistema nervoso central. Existe a chamada “sensibilidade à cafeína”, a qual se refere à quantidade necessária dessa substância para produzir os efeitos secundários negativos, tais como perda de sono e aumento da freqüência cardíaca.

A cafeína não representa nenhum valor nutricional para o organismo humano, se restringindo apenas ao seu efeito “excitante”. Toda a ação da cafeína no corpo depende da forma de preparo do produto, da quantidade utilizada e das condições do organismo que a consome, podendo o efeito variar de indivíduo para indivíduo.

Entendendo e diferenciando os vinagres

Para um conhecimento mais profundo dos vinagres é necessário inicialmente  diferenciar dois produtos comerciais utilizados na culinária moderna:
Aceto Balsâmico: Vinagre originário de vinho fermentado.
Balsâmico:  Produzido a partir do mosto da uva (primeira maceração antes da fermentação).

 Variedades de vinagres:

Vinho Tinto: aromático e ácido, utilizado no tempero de carnes vermelhas e saladas, podem ser envelhecidos e participar da composição de molhos.
Vinho Branco: menos aromáticos, possuem aromas leves. Podem ser utilizados em peixes e frutos do mar, ótimos em molhos para ostras. Misturados com açúcar aumentam a acidez mesclada ao sabor doce, ficando propícios a aves e risotos.
Framboesa: Possui sabor dominante, muito frutado e aromático, possui um equilíbrio harmônico entre doçura e acidez.
Cidra: O mais popular vinagre de frutas, sabor acido leve, perfumado e de fácil harmonização.
Arroz: Possui acidez variável com o tempo e processo de fermentação, compõem qualquer receita de sushi ou tempero de sashimi.
Cítricos: Com elevado grau de acidez, é o ideal para pratos com pimenta vermelha, tempero de folhas com queijos.

Ortorexia, diagnóstico clínico e tratamento

Os indivíduos com ortorexia dedicam grande parte de seu tempo no planejamento, compra e preparo de sua alimentação.
Dispõe de um autocontrole rigoroso diante de variedade de cardápios considerados errôneos e frente às  tentações da mesa.
Recusa a maioria absoluta dos alimentos incluídos em cardápios corriqueiros de restaurantes ou em casas de amigos.
Possui uma sensação de superioridade àqueles que se esbanjam nos pecados gastronômicos ou que encaram a alimentação como fonte de prazer gastronômico. Encaram o ato de alimentação como forma correta de nortear condutas de prevenção à doenças e estilo de vida.
Em alguns casos tornam-se apóstolos de um estilo de vida voltado a alimentação correta.

Como provável indício da ortorexia surge a macrobiótica, utilização exacerbada de alimentos orgânicos ou vegetarianos exclusivos e ortodoxos.
O consumo de frutas, legumes e folhas como fontes exclusivas de nutrientes pode indicar sintomatologia inicial da doença. “Idealmente, pessoas com ortorexia se alimentam de produtos vegetais biologicamente puros, sem conservantes, sem química, e recusam todos produtos animais e derivados de qualquer tipo”.

De acordo com a psicóloga, Suely Sales Guimaraes “os tratamentos dispensados devem ser de psicoterapia comportamental – cognitivo e de tratamento medicamentoso (psiquiátrico) com inibidores de recaptação da serotonina, a exemplo do que ocorre no tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)”.

FONTE: – ARARUNA, Fernanda – Revista Hebron Variedades – nº 21 – JAN/FEV-2006

Ortorexia nervosa é a definição da obsessão por uma alimentação correta

 A palavra tem origem no grego no grego, em que orthós significa “correto, verdadeiro”, e oréxis quer dizer “apetite”.
Alguns trabalhos e publicações  do médico americano Steven Bratman relatam casos e considerações sobre o assunto,. de acordo com ele, a ortorexia surgiu como uma distorção da idéia de que a comida natural – muitos vegetais, cereais, nada de carne ou enlatados – é a melhor forma de alimentar o corpo e a alma.

O excesso de cuidados, com características patológicas, ocorre quando a preocupação com o alimento saudável compromete o prazer de comer, as relações sociais, o uso racional do tempo, o bom senso e quando a pessoa sente muita culpa, eventualmente, cede ao desejo de ingerir alimentos ‘não puros’ e transgride a dieta”, explica a psicóloga Suely Sales Guimarães, pesquisadora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Brasília (UNB).

A denominação “Ortorexia nervosa” foi descrita pela primeira vez em 1997,
Ainda não encontramos códigos de inclusão desse diagnóstico nos manuais oficiais de classificação de doenças (DSM-IVr ou CID-10).

Ortorexia, a nova moda ao avesso!!!!

Cada vez mais encontramos pessoas preocupadas em excesso com o seu corpo, para esses podemos direcionar um diagnóstico: Ortorexia
Hoje em dia é difícil encontrar alguém que esteja 100% satisfeito com seu corpo. Uns comem que nem loucos e usam suplementos alimentares para engordar, na medida que imaginam a saúde relacionada com o peso.
Muitos tentam todos os regimes, de dietas da moda a técnicas milagrosas, tomam remédios e gastam horas em academias de ginástica para ficar com corpo de modelo.
Em todos os casos, a finalidade é sempre se mostrar perfeitos para o mundo, possuidores de corpos desejáveis.
Dessa forma, para muitas pessoas soa, no mínimo estranho, quando a estética perde a importância e o que vale é ser saudável. A busca por uma dieta totalmente benéfica ao organismo, perfeita e extremamente balanceada, ao contrário do que alguns pensam, pode sim se transformar em problema: basta virar obsessão. Nos próximos posts vamos à série ORTOREXIA

Vinagres, cozinhando com classe e descobrindo novos sabores…


A utilização de vinagres de frutas ou do famoso aceto balsâmico remete a um conhecimento mais aprofundado de sabores e harmonizações em culinária.
Na antiga babilônia já eram produzidos vinagres de frutas, principalmente de uva e tâmaras, descrições de mais de 4000 anos demonstram a fabricação de vinagres de frutas e vegetais com adição de açúcar ao processo de fermentação.

A produção dos vinagres esta relacionada diretamente  à degradação natural de compostos alcoólicos em um suco de frutas, a partir do contato com bactérias presentes na atmosfera e um pouco de água.

A regra básica é que quanto mais açúcar, presente no suco das frutas, maior possibilidade de produção de álcool e, na sequencia ocorrer fermentação.

Na produção comercial elaborada de vinagres de vinho, adiciona-se uma cultura pura de leveduras, popularmente chamada de “madra” ou mãe de vinagre, visando selecionar o crescimento mais rápido de bactérias do gênero Acetobacter ou  Gluconobacter.

Na atualidade houve uma popularização da palavra “vinagre”, sua origem vem da  denominação francesa de vinho azedo, “vin aigre”.
A literatura especializada considera  o método denominado de Orleans, processo de fermentação que ocorre em tonéis de carvalho a temperatura controlada de 21 graus Célcius, o método ideal para produção de bons vinagres.  A produção é lenta e pode demorar alguns meses, requisito imprescindível na qualidade do produto.

Os vinagres se diferenciam pelo sabor e acidez, no entanto, no diferencial do aroma esta a maior qualidade de um vinagre, este deve ser agradável, puro e delicado, propiciando harmonizações com diferentes preparações culinárias.