As pimentas e o estimulo sexual em mulheres


Alguns trabalhos científicos e relatos de receitas afrodisíacas, colocam a pimenta dos monges como a melhor alternativa para  estímulos sexuais. Quase todos os relatos associam melhora em libido em mulheres, no entanto, muitos desses trabalhos divergem em relação a dose e tempo de utilização.

A pimenta dos monges (Vitex agnus-castus) pode estar associada com diversos efeitos benéficos na saúde e desejo sexual da mulher. Esta erva contém vários constituintes ativos tais como, flavonoídes (casticina, kaempferol, quercetagetina), glicosídeos iridoídes (agnosido e aucubosido), além de óleos essenciais como limoneno, cineol e pineno .

A ação terapêutica da pimenta dos monges é atribuída a efeitos indiretos dos seus componentes sobre os níveis de hormônios como a prolactina e progesterona. Provavelmente estes efeitos hormonais ocorrem de forma dose dependente, pois, baixas dosagens de extrato de pimenta resultam em diminuição dos níveis de estrógeno e aumento dos níveis de progesterona e prolactina, possivelmente pela inibição do hormônio folículo estimulante (FSH) e estimulando os níveis de hormônio luteinizante (LH).

Os homens, com deficiências hormonais, podem apresentar quadro de disfunção erétil, diminuição da libido (desejo), infertilidade, baixa produção de espermatozóides e aumento no volume das mamas.
Em ambos os sexos, o excesso do hormônio prolactina pode determinar diminuição da densidade mineral óssea e até osteoporose. Outras manifestações que podem ocorrer: depressão, ansiedade, edema e obesidade.

A prescrição de 30 a 40 mg dia (quantidade presente em porções equivalentes a três colheres de sopa) já foi aprovada para irregularidades no ciclo menstrual, Tensão Pré-menstrual (TPM) e menopausa precoce, fatores que geralmente podem comprometer o desejo e a atividade sexual feminina .

A pimenta dos monges é geralmente bem tolerada, apresentando poucos efeitos colaterais.  Os efeitos são geralmente de natureza  gastrointestinais, dor de cabeça, vertigem, cansaço e boca seca.

O consumo regular de Capsicum spp. Pode, por outro lado,  promover a saúde dos vasos,  reduzindo o risco de doenças cardiovasculares.

Homenagem a Millor Fernandes na gastronomia

Segundo a sua própria definição ele era “Um escritor sem estilo”
Autor de vários livros, ensaios teatrais e crônicas maravilhosas, também atuou na criação de frases que marcaram o cotidiano brasileiro.

No universo da gastronomia, alimentação e todas as variáveis do mundo culinário, marcou presença com situações sarcásticas e engraçadas sobre a comida e o mundo que a envolve.
Vejam algumas tiradas, cheias de humor e contestação….

O ovo frito de hoje anula o galeto de amanhã.
O comilão, que como tudo o que é comível, acaba comido pela comida.
De grão em grão a galinha acaba na panela.
De erro em erro se chega a alta gastronomia.
Quem acredita em dieta engole qualquer coisa.
A dieta para emagrecer é um paradoxo econômico – você gasta mais com a dieta do que gastava com a comida.
O gourmet é o comilão erudito.
A dieta também pode ser considerada uma forma de diminuir a população.

 Adaptado de Millor, um banquete de Humo, revista Gosto, 04/2012

Você sabe retirar a rolha da Champanhe?

Alguns relatos de historiadores comentam que o verdadeiro cavalheiro deveria saber retirar a rolha de uma garrafa de champanhe coma movimentação semente de uma mão e no escuro, certamente um atributo machista, mas um grande assunto em uma conversa de botequim ou de enamorados.
Inicialmente devemos retirar o envoltório  metálico que cobre a tela e a rolha. A tela, que esta presa, deve ser retirada com movimento anti horário, os mais experts afirmam que devem ser seis voltas!!!

A garrafa deve ser posicionada em 45 graus, para evitar que a rolha bata na sua boca ou nariz, ou pior, que parte do delicioso líquido Se perca, muito parecido com as comemorações de formula 1.

A rolha deve ser segura com a movimentação do dedão e do indicador, a partir dessa parte, a garrafa deve ser movimentada e girada de forma regular e no mesmo sentido.

Estourar a rolha, atingindo uma luminária, a parede da sala ou um espectador, nem pensar..

Rolhas dos vinhos, o segredo esta na tampa.

A rolha é um produto vegetal, sendo extraída de uma arvore chamada de Sobreiro. Países, como Portugal, Itália e Espanha são os maiores produtores, sem duvida, relacionado à necessidade de suprir a produção do vinho.

As rolhas proveem da casca das árvores. Em um processo antigo, mas certamente atrelado aos modernos conceitos de sustentabilidade, a cada nove anos, a arvore é “descascada”, retirando-se uma grande lamina de material, que depois de tratamento industrial e químico, se transforma nas rolhas das bebidas, principalmente vinhos.

As rolhas podem sofrer processos de degeneração ou de contaminação por fungos, com um aroma de mofo característico, chamado no mundo da enologia de bouchonnée.

Em muitos restaurantes existe a prática de apresentar a rolha ao cliente após a abertura da garrafa. Muitos enólogos e bebedores experientes avaliam a consistência, aspecto geral e aroma da rolha, no entanto, segundo historiadores, a apresentação da rolha servia no passado para a prova de que o vinho era de determinado produtor, com o nome escrito na rolha. Essa forma de apresentação era uma ferramenta comercial para evitar a utilização de vinhos artesanais e sem qualificação de origem, nas estalagens e pequenos restaurantes da França.

Alguns produtores já utilizam rolhas plásticas para vedação das garrafas. Segundo eles, possuem boas características em impossibilitar vazamentos, exclusão de Oxigênio e são isentas de contaminação por fungos.
Os vinhos chamados jovens, já começam a receber rolhas de plástico ou tampas rosqueadas, podendo anunciar uma tendência futura. Vamos beber para ver e crer…

Omega 3, para escolher na melhor receita

Os trabalhos científicos que relatam as vantagens do consumo de peixes, muitas vezes associam a alimentação com uma carne pobre em gordura saturada, ao consumo de óleo Omega 3.
Existem alimentos vegetais com Omega 3 e inúmeros peixes ricos nesse tipo de óleo.
Sabemos que os Omega 3 de origem animal é muito mais ativo na prevenção das doenças do coração e prevenção de inflamação e canceres, que o vegetal.
Os ácidos graxos Omega 3 são divididos em ALA ( origem vegetal), EPA e DHA (origem animal).
O mais importante é conhecer os tipos de Omega 3 e optar por aqueles com melhor atividade preventiva às doenças, nesse caso, o EPA E DHA são os melhores.
O Omega 3 do tipo ALA,  somente será ativo em 5 a 10% da quantidade ingerida, pois deverá ser convertido primeiramente em EPA E DHA.
Pensando em aliar qualidade alimentar e eficácia nutricional, vamos optar pelo ALA e DHA!!!

Chá verde, como escolher e potencializar as ações nutricionais

Comercialmente encontramos o chá de saquinho, com as folhas secas ou as cápsulas, as duas apresentações, têm o mesmo efeito e mantém suas propriedades nutricionais.

Os chás de saquinho funcionam da mesma maneira que as folhas, porém eles podem conter outras partes da planta, como pequenos pedaços do talo e sementes, o que diminui os efeitos desejados, além de não revelar o real aroma e sabor da bebida.

Os produtos comerciais, em formato longa vida, possuem baixa concentração de antioxidantes e o seu consumo necessário esta relacionado a um grande volume diário, impraticável, do ponto de vista prático.
Alguns trabalhos indicam a utilização de água na temperatura em torno de 80 graus, evitando a utilização de água fervente. Com esse cuidado, estaríamos preservando os antioxidantes e aumentando o aroma.

Os estudos científicos sobre o chá verde são bastante diversificados quanto à metodologia e resultados, porém, o que mais se observa, é que os efeitos benéficos e protetores do chá se manifestam com o consumo de cinco ou mais xícaras por dia.
Além da quantidade, a ingesta diária, por longo tempo, esta associada ao desenvolvimento das ações protetoras.

O consumo de até vinte xícaras de chá verde por dia pode ser considerado seguro.

Não há dados na literatura sobre a quantidade máxima de consumo dos chás encapsulados, no entanto, devemos observar a origem do produto e a sua credibilidade comercial.

Gengibre em receitas além do quentão.

O gengibre (Zingiber officinalle) é uma planta perene da família das Zingiberáceas que cresce, preferencialmente, em clima úmido.  No Brasil, é cultivado principalmente na faixa litorânea de Santa Catarina, do Paraná e no sul de São Paulo.
O gengibre é uma das especiarias mais populares do mundo e pode ser encontrado em diferentes formas tais como: seco, fresco, moído, cristalizado, em pó, etc.
No Brasil, é muito utilizado em receitas de chás e em preparados festivos, como o famoso quentão.
O rizoma é a parte da planta cultivada e a mais usada para fins culinários e medicinais, cerca de 2,5 – 5%  do rizoma é composto por gingerol e shogaol, substâncias  picantes  as quais  são  responsáveis pelos principais efeitos terapêuticos atribuídos a especiaria como por exemplo: ação analgésica, diurética, atividade antihepatotóxica, anti-inflamatória anti-hiperglicemiante, antimicrobiana, antialérgica, antipirética, além disso, pode ser usado em casos de reumatismo, cefaleias, resfriados, febre, náusea e outras desordens estomacais.
Os compostos do gengibre são mediadores do processo inflamatório que promovem e facilitam alterações periféricas como dor, calor, rubor, aumento da permeabilidade vascular, atividade imunológica por meio da “atração” de células fagocitárias, neutrófilos e linfócitos.
O gengibre também possui  em sua composição fitoquímicos tais como o beta-caroteno, ácido ascórbico e flavonoides evidenciando mais uma  ação: a antioxidante.

Autor: Nutr. Renata Ferreira Alves

Soja, entendendo os tipos de preparações

O grão de soja pode ser consumido como substituto de leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha), complementando pratos de saladas ou de vegetais, de forma geral.  Na indústria é utilizado na produção de farinha, proteína texturizada, óleo, extrato e fórmulas infantis.

Uma versão comercial mais recente da utilização da soja é o grão torrado, que é consumido em forma de petiscos ou acompanhamentos de saladas ou sopas.

Para o preparo do grão de soja, utiliza-se a torra como processamento térmico. Esse processo assemelha-se à torra do amendoim, demonstrando como ponto final a separação entre a casca e o grão ao esfrega-lo entre os dedos.

 Proteína texturizada de soja
A proteína texturizada de soja é produzida a partir da farinha desengordurada de soja, por um processo chamado de extrusão termoplástica. O processo de produção de proteína texturizada de soja ocorre em alta temperatura a partir da extração do óleo dos grãos de soja, resultando na obtenção da farinha desengordurada.
Após a extrusão e secagem, a proteína encontra-se isolada e pronta para o consumo.

Trata-se de um ingrediente fundamental na indústria alimentícia, usada em diversos tipos de produtos como salsichas, lingüiças e hambúrgueres. São produzidas também proteína texturizadas de soja granuladas, em flocos e moídas, para o consumo substituto da carne. Desta forma, é usada no processamento de embutidos, almôndegas, quibe, hambúrguer e de outros produtos que simulam a carne.

Essa apresentação nutricional da soja é a mais ampla utilização de um nutriente vegetal na indústria alimentícia, barateando processos e melhorando a qualidade nutricional de diversos produtos.

 Extrato de soja
O extrato de soja, popularmente conhecido como “leite de soja” é obtido a partir de grãos selecionados, submetidos a tratamento térmico, descascamento (a retirada da casca facilita a sua solubilidade), pré moagem e micronização.

Para muitas pessoas, o extrato de soja pode substituir o leite de vaca nos pacientes com intolerância, porém o baixo conteúdo de cálcio inviabiliza a substituição total dos derivados de leite. Alguns trabalhos sugerem a adição de lactato de cálcio ao extrato de soja para proporcionar a melhora do conteúdo em Cálcio.

A Agência de Vigilância Sanitária proíbe o uso da expressão “leite de soja” para bebidas a base dessa leguminosa, segundo a ANVISA, “leite” só pode ser considerado como a secreção nutricional a partir de glandulas mamárias de animais.

Slow Food, estilo de vida e novos conceitos em alimentação saudável


Basicamente o conceito de Slow Food tem origem em publicações do critico gastronômico e sociologo italiano Carlo Petrini.
Em uma cidadezinha chamada de Bra, situada no Piemonte ao norte da Itália, temos a difusão inicial dos conceitos da Slow Food, que literalmente se traduz como “Comida lenta”. 

Em 1986, de um simples movimento, torna-se internacionalmente conhecida pela fundação de diversas associações ao redor do mundo, basicamente os valores dessas associações apresentavam um contraponto a tendência americanizada da fast food.

As diversas associações sediadas em países com diversidade culinária como: Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão, Reino Unido, Espanha, Argentina e Brasil, já contam com centenas de milhares de adeptos, organizando feiras, congressos e festivais.

O conceito do Slow food significa dar a justa importância ao prazer ligado ao alimento, aprendendo a aproveitar as diversidades das receitas e dos sabores, reconhecendo a variedade de lugares onde foram produzidos os ingredientes, e principalmente, respeitando  os ritmos das estações, características regionais e o convívio cultural.
A necessidade da “educação do gosto” como a melhor defesa contra a má  qualidade da alimentação diária e o resgate dos paladares infantis e familiares; devem servir como guia contra a monotonia das nossas refeições. Os adeptos dessa tendência atuam salvaguardando a cozinha local, a produção tradicional, as espécies vegetais e animais em risco de extinção; sustentando um novo modelo de agricultura, menos intensivo e mais limpo.

As redes de associados da Slow Food podem ser subdivididos em sedes locais, chamadas na Itália de “Condotte” e no restante do mundo de “Convivium”. Via de regra são coordenadas por líderes que organizam cursos, degustações, jantares, viagens, promoções a nível local de campanhas da associação, da ativação de projetos como “Horta nas Escolas” e da participação de grandes eventos organizados pela Slow Food internacional.

A partir da idéia de Slow Food, nasceu a Terra Madre, um encontro mundial entre as diversas sub tendências e organizações nacionais. Anualmente são organizados eventos de difusão dos conceitos, defesas do sabor, do aroma, da culinária regional e, mais atualmente, da preservação das biodiversidades e dos conceitos de sustentabilidade.

Visite os links recomendados e saiba mais sobre a Slow Food:

www.slowfood.com
http://multimedia.slowfood.com/index.php?lng=2&method=multimedia&action=zoom&id=36140
www.terramadre.info/
www.slowfood.it
Colaboração: Dra Flavia Garita

 

Alimentação no inverno, escolhendo os pratos com classe e qualidade nutricional, optando pelo fondue sem culpa…

No inverno, em função do frio e do aumento do gasto energético (para manter a temperatura corporal), as pessoas tendem a comer mais e procurar por alimentos mais calóricos. Como prato tradicional desta época do ano, o fondue, sempre foi sinônimo de romantismo, mas também de excesso de calorias.
Ter alguns cuidados com a saúde durante o inverno como adaptar as preparações consumidas neste período e torná-las menos calóricas e gordurosas, além de praticar atividade física, pode manter seu peso e de prevenir obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

O bom senso e moderação na hora de selecionar os ingredientes é o primeiro passo para aqueles que procuram se alimentar de maneira saudável sem perder o prazer de um prato saboroso como o fondue.
A versão tradicional do fondue de queijo é muito calórica, rica em gordura (saturada principalmente) e colesterol. No preparo, uma dica é dar preferência ao leite desnatado e substituir os queijos amarelos gordurosos (como gorgonzola, parmesão, brie, ementhal, gruyére e estepe), pelos brancos magros (queijo minas light, cottage, ricota), que são menos calóricos.
Os acompanhamentos também podem ser menos calóricos e saudáveis como, no lugar do pão comum, optar por utilizar vegetais ou mesmo pão integral light;  o vinho, especialmente o tinto, protege o organismo de doenças cardiovasculares.

Outra boa dica são as sopas de legumes e hortaliças, que aquecem o corpo, alimentam, são pouco calóricas e ricas em vitaminas e minerais antioxidantes que reforçam as defesas do seu organismo. Utilize legumes batidos ao invés de creme de leite ou massas; carnes magras ou frango sem pele e acrescente fibras solúveis, como o farelo de trigo ou de aveia. As fibras ajudam a regular a função intestinal, mantêm o colesterol em níveis normais e provocam a sensação de saciedade. Para acompanhar dê preferência aos pães integrais na versão light ou o pão sueco que é pobre em gorduras.

Na atualidade  estamos cada vez mais informados sobre os chamados alimentos funcionais. No caso das sopas, poderemos estimular a criatividade. e incorporar alguns desses alimentos. como por exemplo, o azeite de Oliva. Podemos ser utiliza-lo no preparo dos pratos e também como finalização, um fio de azeite de oliva pode incrementar o sabor e a criatividade, sem alterar de forma substancial o valor calórico e as caraterísticas nutricionais.

Nutricionista Anna Castilho – IMeN