Coentro, por que é tão famoso….

O coentro (Coriandrum sativum L.) é uma planta originária da região Mediterrânea e cultivada desde os tempos antigos. A palavra coentro deriva da palavra grega kóri, que significa “percevejo”. Atualmente, ela é produzida, comercializada e consumida praticamente no mundo todo. Entretanto, muitos não apreciam essa especiaria, considerando que sua adição pode acabar com uma receita!

A aparência de suas folhas é muito similar a da salsinha, mas as coincidências acabam por aí. O coentro tem um aroma forte e inconfundível, e seu sabor é um pouco ardente e picante. Tanto o uso das folhas como o das sementes fazem sucesso na culinária do mundo inteiro, com destaque para China, México, América do Sul, Índia e Sudeste Asiático. No Brasil, é utilizado principalmente em receitas do Norte e Nordeste.

A forma correta de utilização das folhas é picar e adicionar apenas ao final da preparação. Desta forma, o sabor do coentro fresco ficará mais acentuado, não se perdendo com o cozimento. A combinação do coentro com limão, gengibre ou cebolinha verde também favorece para que seu sabor seja acentuado nas receitas.

Além das folhas, pode-se utilizar as sementes e raízes do coentro.  As sementes são uma boa opção para aqueles que não apreciam o tempero, pois possui sabor mais ameno quando comparado ao da erva fresca. Existem dois tipos: a redonda, mais comum e mais conhecida por aqui; e a longa, proveniente da Índia, que tem sabor mais adocicado e cítrico. As sementes podem ser utilizadas inteiras ou trituradas no preparo de peixe, bolos, pães e massas ou para aromatizar conservas, molhos e caldas. Já a raiz tem sabor mais acentuado e é mais comum no Sudeste Asiático, como na Tailândia, por exemplo.

A folha fresca pode ser conservada em geladeira por até 03 dias, ou então, congele-as e tenha o coentro sempre que quiser e precisar!
A partir dai, o desafio é criar novas e maravilhosas receitas com ele, bom apetite….

Terceira idade, perda muscular, como evitar ?

O organismo das pessoas passa por um processo de perda involuntária da força muscular que se inicia a partir dos 30 anos, com grande acentuação após a sexta década.
Essa redução muitas vezes é inaparente, sendo mais visível na perda de motilidade nas mãos, dificuldade de caminhar, subir escadas e executar tarefas rotineiras do dia a dia.
A área da saúde denomina essa doença, que atinge 40% da população, como sarcopenia, isto é,  perda de massa muscular.
A redução muscular não esta necessariamente ligada a redução significativa do peso, o organismo pode ter um aumento da massa de gordura e aparentemente não se apresentar magro. Desta forma, a falta de  músculos saudáveis esta escondida sob uma aparência de saudabilidade.
A alimentação adequada, com boa ingestão de proteínas e vitamina D é a maneira mais adequada de prevenção da sarcopenia.
Outro fator importante é a prática de atividade física, fator diferenciador na qualidade de vida dos idosos e na prevenção de quedas, pois fortalece todos os músculos, prevenindo a redução natural da nossa capacidade motora.

Conhecendo a Quinoa e seus benefícios

A quinoa, Chenopodium quinoa, é uma planta indígena cultivada na América do Sul, tradicional da região dos Andes. Com a colonização espanhola, alguns alimentos produzidos na América do Sul como milho, batata e tomate foram difundidos pelo mundo e incorporados na dieta de diferentes países. Outros não tiveram a mesma sorte, como a quinoa, que teve bruscas reduções na produção. Atualmente, este quadro tem mudado, graças à qualidade nutricional que a quinoa possui, o aumento de seu consumo e o grande espaço que passou a ter na mídia relacionada à saúde e em prescrições de nutricionistas e outros profissionais da saúde.

O que a faz tão famosa é sua expressiva quantidade de proteínas de alto valor biológico, isto é, proteínas que possuem todos os aminoácidos essenciais, aqueles que não são produzidos pelo organismo e, consequentemente, precisam ser adquiridos na alimentação. Dentre estes se destacam a lisina, que possui funções importantes no desenvolvimento celular, e é dificilmente encontrada em alimentos de origem vegetal; e o triptofano, ligado à produção de serotonina, composto responsável pelo controle do humor e bem estar. Para se ter uma ideia, o conteúdo desses aminoácidos na quinoa é três vezes maior quando comparado ao do trigo integral.

Além dos aminoácidos, o “trigo dos Andes” também contém fibras, vitaminas – B2, B9, E –, minerais – cálcio, fósforo, magnésio, zinco, potássio e ferro –, mais propriedades quando comparado aos cereais comuns. Por isso, a quinoa foi considera pela FAO (Food and Agriculture Organization) um dos melhores alimentos de origem vegetal.

Apesar de indicada para todos, existem dois grupos que podem se beneficiar mais com a quinoa: vegetarianos, que necessitam cuidar da ingestão de proteínas e os celíacos, que encontram na quinoa uma boa alternativa de alimentos sem glúten.

Pode ser encontrada em diferentes formas como grãos, flocos e farinhas. A utilização é variada e vai acompanhando frutas, iogurtes, saladas, arroz ou em receitas mais elaboradas como tortas, pães e bolos.

Chia: de semente nutritiva a alimento milagroso

A chia, um alimento de elevado valor nutricional, passou a ser indicada como alimento que previne doenças, ajuda a emagrecer e diminui a absorção de gordura. Será que todas essas alegações são realmente verdadeiras? Seria a chia um alimento milagroso? Imagem

A perda de peso está relacionada à alimentação saudável e prática de exercícios físicos, desta forma, não há alimentos mágicos que possuam este efeito. A chia, por conter fibras solúveis, tem grande capacidade de aumentar seu volume, dando a sensação de saciedade e diminuindo a velocidade do esvaziamento gástrico, ou seja, faz comer menos e demorar mais para sentir fome. Entretanto, não há comprovação de que seja responsável pela perda de peso. Da mesma forma, muito se fala a respeito da sua influência no controle do diabetes, de neoplasias (câncer) e dislipidemias (alterações no colesterol e triglicérides), mas essas ações ainda precisam de maiores investigações.

O que podemos afirmar, de fato, é que a chia possui importantes propriedades nutricionais como o elevado teor de proteínas de alto valor biológico, de fibras alimentares e de alguns minerais como cálcio, magnésio e potássio. Assim, por que não pensar em utilizar a chia nas preparações do dia a dia? Encontrada na forma de farinha, grão ou óleo, pode substituir ingredientes menos saudáveis, sem alterar o sabor da receita, como em bolos ou pães.

Inclua a chia na sua alimentação e aproveite seus benefícios.

Nutr: Marilia Zagato

Feijão, nutritivo e saboroso, ideal na culinária do dia a dia


Alimento que tem papel relevante na qualidade da alimentação e faz parte dos hábitos alimentares da população, o feijão teve seu cultivo iniciado há cerca de 7 mil anos antes de Cristo, na região do México.  O cultivo no Brasil data de mais de dois mil anos atrás. A disseminação é atribuída aos guerreiros, que tinham o feijão como alimento presente em suas dietas, e também aos exploradores que levaram a cultura dos feijoeiros para as mais diversas partes do mundo.
O Brasil destaca-se como o maior produtor mundial de feijão e é também o maior consumidor.  O consumo é regionalizado e diferenciado quanto à cor e ao tipo do grão, entretanto, o feijão comum (Phaeseolus vulgaris) é o que se destaca nos hábitos alimentares dos brasileiros. O feijão carioca pertence a este grupo, que domina 71% da produção brasileira.
Além do sabor, podemos ressaltar as propriedades nutricionais que este grão possui: fonte de proteínas, fibras e minerais, como ferro  e fósforo  e vitaminas do complexo B.  A proteína do feijão tem maior valor nutritivo quando combinada à proteína do arroz, pois formam uma composição de aminoácidos essenciais ao organismo.

Conheça os diferentes tipos de feijão:
Fradinho: o grão é miúdo, bege e com uma mancha preta no centro.
Feijão-de-corda: grão pequeno e ovalado. Sua coloração é verde-clara quando novo, mas a medida que amadurece apresenta tom amarronzado.
Preto: grão pequeno e coloração escura.
Carioca: grão pequeno com coloração bege e listras marrons.
Jalo: grãos amarelados e alongados. Forma um caldo mais denso e com coloração avermelhada.
Branco: grãos graúdos e alongados, com coloração quase branca. É muito usado em sopas, saladas e cozido.
Rosinha: grão pequeno e coloração avermelhada e casca delicada. Muito consumido em acompanhamentos.

Com isso mãos a obra, criando receitas e adaptando outras.
Nutricionista Marilia Zagato

Colesterol e gorduras nos frutos do mar, a duvida entre siri e caranguejo



A orientação nutricional sempre esbarra na indicação dos frutos do mar. De forma regular restringimos o consumo de camarão e lagosta, visto que, esses dois crustáceos possuem uma concentração elevada de colesterol.
No entanto, sempre fica a duvida com relação ao siri e ao caranguejo e a concentração de gordura e minerais. Esses dois alimentos podem ser utilizados em inúmeras preparações, saladas e pratos enriquecidos com fibras e frutas.

Desta forma, abaixo criamos uma tabela comparativa entre os dois tipos de alimentos, a escolha mais saudável ou mais adaptável a cada receita pode ser facilitada com esses dados.

Composição / 100g Siri Caranguejo
Energia 93 71
Gorduras totais 2,0g 0,2g
Carboidratos 1,3g 0,74g
Proteínas 16,1g 17,6g
Cálcio 107mg 357mg
Ferro 1,8mg 2,9mg
Fósforo 154mg 187mg
Potássio 186mg 261mg

Alimentos funcionais e gastronomia, como viabilizar a escolha certa

Atualmente os conhecimentos sobre a bioquímica clínica permitem afirmar que muitos nutrientes não só agem prevenindo e/ou corrigindo deficiências nutricionais, como também, produzindo efeitos benéficos à saúde, essa classe de nutrientes é chamada de Nutracêutica.

Os nutracêuticos fazem parte de uma nova concepção de alimentos, que evoluiu no Japão na década de 80, através de um programa de governo para desenvolver alimentos saudáveis, com propriedades medicinais, em virtude do envelhecimento da população diante do aumento de sua expectativa de vida.

Na literatura encontramos diversas designações sobre o mesmo tipo de substancia: Functional food, designer food, therapeutic food, nutraceuticals, pharmafood, medical food, esses são termos atribuídos, no final dos anos 80 a alimentos, ou partes de alimentos, que proporcionam benefícios médicos ou de saúde, incluindo a prevenção e o tratamento de doenças.
A melhor e comumente aceita designação é a de alimento funcional que é qualquer alimento ou ingrediente que tenha impacto positivo na saúde individual; performance metabólica e física, ou funções relacionadas ao sistema nervoso central; além de seu valor nutritivo.
Cada vez mais encontramos receitas e sugestões de gastronomia utilizando alimentos funcionais na composição, dentre eles: aveia, azeite, óleo de peixe (Omega 3) e muitos mais.
Como exemplo da utilização ampla de alimentos funcionais na gastronomia, temos a dieta mediterrânea, a dieta do Atlântico e um sem número de variações em culinárias regionais, privilegiando os alimentos nutrientes funcionais.

 

Onde esta o segredo da Cranberry ?

 

Na verdade, não existe segredo, a Cranberry, uma fruta originária da América do Norte, cultivada em regiões frias é importante fonte de polifenóis, fitoquímicos e uma grande variedade de antioxidantes, principalmente Vitamina C.

Alguns trabalhos em vitro, em experimentos com células cancerosas, evidenciou redução da capacidade mutagênica quando expostas aos derivados da Cranberry ( Falvonóides dos grupos: Antocianidina, Cianidina, Peonidina e Quercitina).
Além da grande quantidade de Vitamina C (13,3mg/100g), a fruta in natura possui altas participações de alguns antioxidantes naturais como Luteína e Zeaxantina, fibras e oligoelementos.
Valor nutricional da Cranberry crua ( valores / 100g)

Energia 46 cal
Fibras Totais 4,6g
Açucares 4,04g
Cálcio 8mg
Magnésio 6mg
Manganês 0,15mg
Fósforo 13mg
Potássio 85mg
Sódio 2mg
Vitamina C 13,3mg
Vitamina K 60UI
Vitamina A 5,1microg
Betacaroteno 36microg
Lutemina;

Zeaxantina

91microg

 

Óleo de coco, algumas informações relevantes…

O Óleo de coco é um produto de origem vegetal extraído da própria polpa da espécie Cocus nucifera S., muito comum nas praias do Nordeste brasileiro
É considerado um óleo estável, pois não perde suas características nutricionais quando submetido a altas temperaturas. É também rico em proteínas, carboidratos e principalmente em ácidos graxos de cadeia média que não sofrem processos de oxidação nas temperaturas médias da culinária.
Seu principal componente é o ácido láurico um ácido graxo saturado, na proporção de 50% da quantidade total de gorduras
 Muitos trabalhos científicos relacionam o consumo desse alimento com a redução da gordura abdominal, melhora dos níveis de colesterol e perda de peso, a explicação esta no seu efeito sacietógeno.
Recentes pesquisas mostram que o óleo de coco pode desempenhar atividade antiinflamatória devido a sua capacidade de elevar os níveis de células de defesa do organismo, as famosas interleucinas. Na sua composição, chama atenção a alta participação de vitamina E, com função antioxidante que protege as células contra os radicais livres evitando o envelhecimento precoce.

Apesar de muitos estudos comprovarem seus benefícios, ainda há controvérsias sobre a quantidade a ser suplementada, existem consensos de pesquisadores de que a dose de 20 a 30 gramas por dia seriam suficientes.
No enfoque do consumo de gorduras, a  recomendação da American Heart Association para ácidos graxos saturados é de no máximo 7% das calorias totais diárias.
Nenhum instituto estatal de pesquisa ou normatização de alimentos, bem como, a Organização Mundial da Saúde (OMS) inseriu o óleo de coco no rol dos alimentos funcionais p
Adaptado de texto publicado no site: www.nutricaoclinica.com.br
autora: Nutr. Priscila Y. Monomi

 

Alcachofra, propriedades e benefícios

A Cynara scolymus L. é uma planta originária do mediterrâneo, e pertence a família Compositae, amplamente estudada e utilizada para diversos fins medicinais devido ao poder de sua composição de ácidos fenólicos e flavonóides no combate ao colesterol tem sido empregada na formulação de fármacos. Um estudo da Johannes Gutenberg University indicou que o extrato da folha da alcachofra conseguiu contribuir de forma positiva na circulação do tecido vascular endotelial, através da mediação do aumento de síntese da transcrição do gene do óxido nítrico regulando a vasodilatação.
Na gastronomia a alcachofra é amplamente utilizada na criação de pratos elaborados, conferindo elegância e requinte a estes. Podem ser consumidas refogadas, associadas a molhos, em forma de patês ou até mesmo fritas, e o fundo de sua flor é considerado uma iguaria.
Em Roma um dos mais procurados e clássicos pratos elaborados com a alcachofra e a Carciofia  a lla Jiudia, de tamanho médio, é previamente temperada com óleo de oliva, um pouco de sal e pimenta do reino, após algumas horas e frita por imersão e servida imediatamente. Possui uma crocancia intensa e é uma ótima entrada….

Fonte: http://jpet.aspetjournals.org/content/310/3/926.full.pdf
Autor: Nutr. Rodrigo Oliveira